O patrimônio histórico do Forte Junqueira, em Corumbá, voltou a ficar aberto para a visitação do público após dois anos fechado, em razão da pandemia do novo coronavírus. A solenidade de reabertura aconteceu na segunda-feira (13) à tarde e a partir desta terça-feira (14) já é possível fazer a visitação.
Grupos de até 5 pessoas podem frequentar o local e o guia atende entre 9h30 e 16h30, de segunda a quinta. Na sexta, das 8h às 11h30. Sábado e domingo há possibilidade de visita, mas é necessário consultar o 17º Batalhão pelo telefone (67) 3231-8866 ou no e-mail [email protected]
Conforme o 17º Batalhão de Fronteira do Exército, o patrimônio histórico nacional passou por manutenção na alvenaria e rede elétrica, também foi executado projeto de iluminação para valorizar o local, que representa em espaço importante para a história do Brasil, construído de forma a ser utilizado contra possíveis ataques, após a realização da Guerra do Paraguai (1871).
“O local, que está inserido no roteiro turístico da cidade de Corumbá, representa a perseverança do povo corumbaense, pois fez parte de uma rede de fortificações construídas após a Guerra da Tríplice Aliança, que fomentou o crescimento econômico local através do princípio da segurança”, divulgou o Exército, em nota.
Do Forte Junqueira é possível ter uma vista do rio Paraguai e de parte do Pantanal Sul. Há 12 canhões de 75 mm, que foram fabricados pela indústria inglesa Fried Krupp, por volta de 1872, porém nunca foram usados. Depois da Guerra do Paraguai, a região não entrou mais em conflito nacional ou internacional. As paredes do forte tem três metros de espessura.
O patrimônio consta em livro do Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (Iphan) e seu nome oficial é dado como Conjunto das Fortificações Brasileiras – Forte Junqueira. Ele foi tombado em 2014.
“Em 1871, logo após a guerra da Tríplice Aliança, foi realizada a reorganização defensiva da região de Corumbá e de suas fronteiras, para tanto foi executado um plano de defesa definitivo que era formado por uma Rede de Fortificações posicionadas desde a embocadura do Canal de Tamengo (acesso à Bolívia) até a localidade de Ladário/MS. Foram construídos cinco fortes que, se erguidos antes, teriam mudado em parte a face da guerra nessa área, evitando o episódio da tomada de Corumbá pelos paraguaios e sua posterior retomada por Antônio Maria Coelho. Receberam a denominação de Limoeiro, Pólvora, Conde D`Eu, Duque de Caxias e Major Gama”, detalhou o Exército em nota, sobre histórico do local.
O Forte Junqueira era conhecido anteriormente como Pólvora, na lista das cinco edicações, e o ministro da Guerra que determinou sua construção foi João José de Oliveira Junqueira. Ele é um polígono e atualmente fica em terreno onde está sediado o 17º Batalhão de Fronteira.