Os bancários de Três Lagoas e de várias cidades do país entram em greve, hoje, por tempo indeterminado. Saques e pagamentos poderão ser feitos através de terminais eletrônicos nas agências bancárias. Os funcionários dos Correios em e Mato Grosso do Sul também aderiram ao movimento grevista. Em Três Lagoas, 10% dos funcionários dos Correios cruzaram os braços desde ontem, mas a agência dos Correios funcionou normalmente.
Segundo Geraldo Ramires, representante do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul, hoje, ele tentará convencer os demais funcionários a aderirem à paralisação. A decisão dos trabalhadores nos Correios de entrar em greve ocorreu em assembleia da categoria realizada, em Campo Grande, na noite da última terça-feira, (17).
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa de reajuste salarial em 8%, mais 6,27% nos benefícios: vale refeição, vale-creche e vale cesta. A categoria reivindica 7,13% de reposição da inflação, aumento real de 15%, aumento linear de R$ 200,00, mais as perdas salariais, pela manutenção do Correio Saúde e contra a Postal Saúde e jornada de 6 horas para os atendentes.
O representante sindical local acredita que haverá prejuízos na entrega de correspondências. “No Estado, funcionários de Campo Grande, Dourados, Corumbá e Itaquirai, também decidiram cruzar os braços. Se o serviço de distribuição do Estado parar, aqui em Três Lagoas também para”, comentou.
Além do reajuste salarial, Ramires informou que a categoria luta também pela contratação de mais trabalhadores. Em Três Lagoas, segundo ele, existem 40 carteiros. “É pouco funcionário para o tamanho da cidade”, acrescentou.
BANCOS
Já os bancários de Três Lagoas decidiram entrar em greve durante assembleia realizada na semana passada. A partir de hoje, eles vão estar na frente das agências bancárias reforçando o movimento e entregando panfletos com informações das principais reivindicações.
Assim como em várias cidades do país, em Três Lagoas, os bancários rejeitaram a proposta de aumento salarial de 6,1% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban). Eles querem um reajuste de 11,93%, que leva em conta a inflação mais 5% de ganho real. Já a Fenabran apresentou contraproposta de 6,1%, que é o índice de adotado pelo INPC para corrigir salários, pisos e todos os complementos salariais.
Quanto ao abastecimento dos terminais eletrônicos, Thelma informou que isso vai acontecer normalmente. Apesar de reconhecer os transtornos que uma greve causa, disse que é a única maneira encontrada pela categoria para ter as reivindicações atendidas.