Os três-lagoenses terão que se preparar para receber, com mais atraso ainda, suas correspondências. Isso porque 11 dos 21 carteiros dos Correios do município aderiram à greve nacional. Conforme o secretário de políticas sindicais do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Mato Grosso do Sul (Sintec/MS), Geraldo Ramires, antes mesmo da greve as correspondências já eram entregues com atraso. Agora, com a paralisação de alguns profissionais, o transtorno da população pode ser ainda maior. Ramirez explicou que uma das reivindicações da classe é justamente para que um novo concurso seja aberto. Ele contou que, para atender a demanda, seriam necessários, no mínimo, 35 carteiros, ou seja, 14 a mais do que o número de profissionais disponível.
Atualmente, os carteiros entregam, em média, 17.000 correspondências por dia na cidade. Com a paralisação de parte deles, o número pode ser reduzido em quase 50%. Segundo Ramires, para entregar esse número de cartas, diariamente, os profissionais realizavam uma força-tarefa. Porém, mesmo após muito esforço, existem correspondências que demoram mais do que o normal para chegarem às residências. “O município está crescendo cada vez mais, e o número dos profissionais dos Correios continua reduzido. Desta forma, fica humanamente impossível manter as correspondências em dia. Infelizmente, a população continua recebendo as cartas e as contas com atraso”, destacou Ramires.
REIVINDICAÇÕES
A classe reivindica que o piso salarial seja de R$ 1.635, mais repasse de 31,57% de reposição salarial. Atualmente, os carteiros do município recebem R$ 807, um vale-refeição de R$ 690,00 e 30% de adicional de risco sobre o salário. Ele explicou ainda que a empresa entrou em contato com os profissionais e disse que as reivindicações só seriam negociadas caso eles voltassem a trabalhar. A classe, entretanto, negou a proposta e garantiu que só retorna às ruas quando receber um parecer convincente dos Correios.
No Mato Grosso do Sul, funcionários de várias agências estão parados desde a última terça-feira, no total de 1.400 – dos quais 800 são de Campo Grande.