A operação Corcel Negro do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que está fiscalizando o setor carvoeiro e siderúrgico em 14 Estados brasileiros flagrou em Mato Grosso do Sul várias ilegalidades.
A operação começou na segunda-feira (22) e até ontem (26) a fiscalização do Ibama MS lavrou 15 autos de infração. De acordo com Luiz Augusto Benatti, chefe da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama MS, a maioria dos autos de infração foi por transporte irregular de carvão e produção sem comprovação de origem através do Documento de Origem Florestal (DOF). Foram lacradas duas carvoarias ilegais na região de Ribas do Rio Pardo e uma em funcionamento no lixão da cidade de Paranaíba.
Luiz Benatti afirma que a produção de carvão vegetal é um dos principais indutores do desmatamento nos biomas cerrado e pantanal. No Mato Grosso do Sul a operação está sendo realizada em toda a região do Bolsão, que fica no sudeste do Estado, a região tradicionalmente maior produtora de carvão. Também estão sendo fiscalizadas as grandes consumidoras desse produto que são as siderúrgicas instaladas aqui no Estado.
São sete equipes de fiscais do Ibama MS que estão a campo também fazendo barreiras móveis nas BRs 497, 262 e 267.
Essas rodovias são as principais rotas de escoamento da produção de carvão do Mato Grosso do Sul em direção ao pólo siderúrgico de Minas Gerais, grande consumidor do carvão produzido aqui no Estado.
Em 2007 Mato Grosso do Sul se tornou o segundo maior produtor de carvão em todo o País com um total de 4,5 milhões de metros cúbicos de carvão. E neste mesmo ano o Estado também foi o maior exportador do produto para as siderúrgicas instaladas em Minas Gerais e os centros consumidores da região sudeste do país. Estes números também incluem o carvão importado do Paraguai, que entra no Mato Grosso do Sul através da fronteira seca com o país vizinho.
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