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Três Lagoas

Caso Alzira: Neto é indiciado por latrocínio

Nerivaldo Moraes pode pegar de 20 a 30 anos de prisão. A PC investiga se, além de matar, ele estuprou a avó

Moraes será encaminhado para presídio -
Moraes será encaminhado para presídio -

Nerivaldo de Moraes, 33 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por latrocínio (roubo seguido de morte).  Ele é acusado de roubar e matar a própria avó que o criou, Alzira Antônia de Farias, de 71 anos, no feriado de Carnaval, no dia 21. Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem na 2ª Delegacia de Polícia Civil, Moraes confessou que chegou à casa de Alzira para roubar cerca de R$ 600 que ela tinha escondidos na casa, mas encontrou apenas R$ 50 na bolsa da idosa. Nervoso com a situação, ele pegou um pilão de madeira e acertou a vítima por várias vezes até que ela morresse. O suspeito confessou que havia consumido crack antes do crime.

A nova versão fez com que a Polícia Civil alterasse o artigo pelo qual Moraes é indiciado. Até então, ele responderia por homicídio, mas agora o crime configura latrocínio.

Moraes disse durante a coletiva que se arrependeu de ter cometido o crime e que gostaria de receber o perdão de seus familiares. Apesar de a polícia ter encontrado preservativos usados ao lado do corpo, negou que tenha praticado sexo com a vítima. Mas, em entrevista ao site de notícias de Castilho(SP), “Agora Notícias”, no domingo à noite, quando foi localizado, o acusado disse que não se arrependia de matar a idosa e que ainda pretendia assassinar a mãe e um tio.

Ele revelou ainda que não cometeu o crime sozinho, mas não deu detalhes de quem seria a segunda pessoa envolvida. “O Daniel [filho da vítima e que chegou a ser suspeito] não tem nada a ver com o assassinato. Eu disse que tinha só para livrar a cara do verdadeiro envolvido”, disse.

Moraes está preso na Cadeia Pública, na 1ª Delegacia de Polícia, onde aguarda a transferência para um presídio. O acusado disse que tem medo de ficar no Presídio de Segurança Média (PSM) de Três Lagoas, pois estaria sendo ameaçado de morte. “Eu devo R$ 4 mil de drogas no presídio. Sei que posso morrer caso volte para lá”, disse. Moraes ficou preso por sete meses no PSM acusado de roubo e tráfico de drogas. A Polícia Civil e o Poder Judiciário tentam uma vaga em algum presídio do Estado na intenção de preservar a vida do acusado.

O suspeito foi localizado na noite de domingo em Castilho através de uma ação conjunta entre policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), 2ª Delegacia e da Delegacia de Castilho. Ele estava escondido em um hotel na área central da cidade.