Em entrevista a uma emissora britânica, Abdelati Obeidi, o chanceler do governo do ditador Muammar Gaddafi, disse que a "guerra acabou", e que se ele estivesse no comando do país, pediria a todos os gaddafistas que se rendessem. Ele negou ter informações sobre o paradeiro do líder líbio.
O ex-chefe de política externa de Gaddafi disse acreditar que o regime já chegou ao seu fim, embora os rebeldes ainda encontrem resistência em alguns pontos da capital, Trípoli, e em outros pontos do país onde forças leais ao ditador ainda lutam.
Mais cedo, o Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos oposicionistas ofereceu uma recompensa de US$ 1,6 milhão (R$ 2,5 milhões) e anistia para qualquer um que capturar Gaddafi, vivo ou morto.
"Eles [os rebeldes] têm uma boa imagem minha, eles me conhecem. Tenho certeza de que eles não machucarão a mim ou a minha família. Pelo contrário, sinto que quando as coisas se acalmarem poderemos conversar", acrescentou.
Obeidi disse ainda que as chances de uma solução negociada já passaram e que o foco agora deve ser a estabilidade do país.
"O que me preocupa é a lei, a ordem, e a estabilidade do povo. Eu espero que estas pessoas [os rebeldes] sejam todas líbias e que não sejam estrangeiras –que não sejam invasores– e que as pessoas dentro do nosso país tentem remediar essas feridas e comecem a lidar com suas responsabilidades perante esta crise. Eles são responsáveis pelo país", afirmou.
As declarações de Obeidi ao Channel 4 chegam no mesmo momento em que os combates continuam na Líbia, e a comunidade internacional se posiciona para um cenário pós-Gaddafi.