Reaproveitamento de água e aquecimento solar são algumas das opções para quem quer construir uma casa ecologicamente correta e sustentável. Embora sejam dois métodos antigos e bastante difundidos, eles ainda não têm um custo acessível. É o que explica a arquiteta Sandra Latta. “Hoje fala-se muito em construções sustentáveis, mas se formos colocar na ponta do lápis elas são inviáveis. Por exemplo, um sistema que reaproveita a água da pia, para uso da descarga custa, em média, R$ 15 mil. É ecologicamente correto e financeiramente inviável”.
A arquiteta alerta ainda que quando a casa está pronta, para instalar um sistema de aquecimento solar o custo dobra. “A obra precisa ser planejada. O ideal é que seja instalado durante a construção. Quando a casa está pronta essa saída não compensa, pois a pessoa precisa quebrar as paredes, fazer novas instalações o que acaba refletindo em um custo maior”.
Para quem já construiu e deseja ter o sistema de aquecimento há uma opção no mercado. Um chuveiro que acopla o sistema de aquecimento. “Nos dias nublados o sistema de apoio eletrônico complementa o aqueci
mento da água, aquecendo apenas a quantidade de água necessária para o banho. A vantagem é que aproveita a tubulação existente da casa, sem necessidade de quebrar paredes”.
Em média, o chuveiro com aquecedor custa 75% menos que os aquecedores convencionais, o que representa um valor aproximado de R$ 800 (chuveiro) e mais de R$ 3 mil (sistema de aquecimento solar para toda a casa).
Segundo Sandra, o sistema convencional economiza de 25% a 30% da energia da casa. “Além de ter pressão, a água fica mais gostosa, se ganha qualidade no banho. Ideal para quem tem crianças, já que o chuveiro é um dos itens que mais consome energia na casa.
Para quem constrói, integrar um sistema de aquecimento solar não encarece exorbitantemente a obra. “O que se gasta a mais é a parte de tubulação, que é usado o dobro. É viável, sem contar que ecologicamente correto”.
REAPROVEITAMENTO
A arquiteta enfatiza que a maioria das pessoas ainda não se atenta para esta questão devido aos custos. “É um sistema caro. Não comporta em casas pequenas, menores que 400 m². Embora seja ecologicamente correto, não é economicamente é viável. A menos que a pessoa tenha muito dinheiro e queira investir. O que hoje a maioria se propõe a ter é o aquecimento solar”.
Além disso, opções simples como telhas de cor clara e estrutura de ferro para o telhado ao invés de madeira ajudam a tornar a construção um pouco menos agressiva ao meio ambiente.
Ela explica que as exposições feitas embora sejam sonho de muita gente ainda não é possível de ser efetivada. “A realidade é muito diferente. Eu acredito que uma boa atitude compense e resolva. O problema é consciência. Precisamos pensar ecologicamente correto.
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