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Três Lagoas

Contorno ferroviário pode ter atraso

Em edital publicado, a Agesul acrescenta mais 275 dias no prazo de execução

Obras estavam previstas para serem concluídas em abril -
Obras estavam previstas para serem concluídas em abril -

As obras do contorno ferroviário de Três Lagoas correm grande risco de não serem mais concluídas no próximo mês de abril, como estava previsto. Em novo edital, a Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) mudou o prazo para a conclusão de 1ª de abril para 31 de dezembro deste ano, somando em mais nove meses o tempo de execução (275 dias).

Além de aumentar o prazo para execução dos serviços em mais nove meses, o governo estadual alterou o valor do contrato, com o acréscimo de mais R$ 3.726.463,44 para a conclusão da obra, que foi orçada em R$ 32 milhões. A alteração do valor do contrato de número 181/2010-PJUR foi assinada na última quarta-feira e publicada no Diário Oficial do Estado de ontem.

No final do ano passado a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.576, de 29.12.2011, que garantia a liberação do crédito suplementar de R$ 8 milhões ao Orçamento da União de 2012 para a continuidade das obras.

O contorno ferroviário está sendo construído pelo consórcio formado pelas empresas CMT Engenharia e Engesa Engenharia S.A. A obra foi iniciada em julho de 2010 e está sob a responsabilidade do governo do Estado, através de parceria entre Governo Federal, Ministério dos Transportes e DNIT.

A obra é considerada emblemática, pois vai possibilitar a retirada dos trilhos do perímetro urbano de Três Lagoas, assim como ocorreu em Campo Grande e em Bauru. O próprio governador André Puccinelli (PMDB) já declarou que a retirada dos trilhos do perímetro urbano será a obra emblemática do governo estadual na cidade. Contudo, os três-lagoenses vão ter que esperar um pouco mais para ver esse sonho tornar-se realidade. Esse é um anseio da população que convive diariamente com os trens que fazem manobras nos cruzamentos da linha férrea com as avenidas.

O contorno ferroviário terá extensão de 12,4 quilômetros. A obra compreende ainda a construção do novo pátio de manobras, um viaduto na BR-158, próximo ao presídio, e da passagem subterrânea na BR-262, nas proximidades da fazenda Rodeio.

O Jornal do Povo entrou em contato com a Secretaria de Obras do Estado, com a Agesul de Três Lagoas, entre outras responsáveis pelo empreendimento, mas não obteve resposta quanto à prorrogação do prazo de entrega das obras. A Assessoria do governo do Estado disse que apenas o secretário Wilson Cabral poderia falar sobre o assunto. Já a empresa com sede m Brasília informou que apenas o responsável pela obra em Três Lagoas poderia se pronunciar.