Começou ontem (17), o Curso de Formação de Agentes de Trânsito. As aulas acontecem até o dia 29, na Câmara Municipal.
Aproximadamente 40 Policiais Militares participam do curso que tem duração de 120 horas/aula. De acordo com a chefe da divisão de Educação no Trânsito, Creusa
Ramos, esta é uma norma que está sendo cumprida em função da deliberação do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), sobre orientação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). “Nossa intenção é aumentar o quadro de agentes de trânsito no Município. O policial que não passa por esse curso não pode fazer autuações, ele não é cadastrado pelo Detran para autuar”.
A presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Regina Maria Duarte, enfatiza a importância da formação. “No curso traçamos um panorama do trânsito brasileiro, estudamos o código e as infrações mais cometidas no dia a dia”.
Segundo ela, outro assunto abordado é o uso do poder. “Falamos sobre autoridade, postura, uso adequado e limite do poder. Nossa legislação é extensa”.
Entre as infrações mais graves que acontecem em Três Lagoas ela cita o envolvimento de condutores de veículos com álcool. “Três Lagoas não está entre as cidades mais violentas no trânsito; Campo Grande e Dourados lideram esse quadro, no entanto, com a facilidade de aquisição de veículos, principalmente motos, o número de acidentes tem aumentado consideravelmente”.
Segundo dados do Serviço de Urgência e Emergência (Samu), somente no ano passado foram 647 acidentes com vítimas [número correspondente a 13% dos atendimentos realizados]. Apenas neste ano já foram registrados 49.
REFORÇO
De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Trânsito, Milton Gomes Silveira, o objetivo é aumentar o efetivo que fiscaliza as irregularidades relacionadas ao trânsito urbano. Segundo ele, para se ter uma fiscalização regular seriam necessários 15 agentes, no entanto, o departamento não conta com nenhum. “No último concurso foram abertas oito vagas. Queríamos que esses concursados participassem da formação e estamos esperando uma resposta da Administração.
O órgão deveria ter como base um tripé, onde educação, engenharia e fiscalização atuassem juntas; nós temos dois e estamos batalhando para que possamos suprir essa necessidade”. Silveira explica que o concurso foi indeferido pela justiça. “A defensoria suspendeu e pediu uma nova reclassificação, excluindo TAF [Teste de Aptidão Física]. Com isso, enquanto as novas contratações não são liberadas quem faz essa fiscalização é a Polícia Militar, mas temos dificuldades em exigir respostas, já que eles têm outras prioridades e a fiscalização de trânsito fica em segundo plano”.“
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