As empresas de celulose Fibria e Eldorado vão custear o projeto executivo da obra do anel rodoviário de Três Lagoas. As empresas vão investir R$ 3 milhões na elaboração do projeto que detalhará como deve ser o empreendimento e o valor.
O anúncio foi feito pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na tarde desta quinta-feira (10), durante abertura de um seminário na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems).
O investimento por parte das empresas é fruto de negociação e um acordo firmado com o governo do Estado. Em setembro, durante inauguração da ponte rodoviária sobre o rio Paraná, em Três Lagoas, o governador disse ao ministro dos Transportes, Maurício Quintela, de que ficaria responsável pelo projeto executivo, caso o governo federal garantisse a liberação de recursos para a construção do anel rodoviário.
Após o compromisso feito em público, o governador foi atrás de parcerias para conseguir elaborar o projeto executivo. Cada empresa vai disponibilizar R$ 1,5 milhão.
Segundo o governador, em breve, será lançada a licitação para a contratação de empresa interessada em elaborar o projeto executivo. Após esse procedimento, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) poderá abrir licitação para a contratação de empresa interessa em construir o contorno rodoviário.
RECURSO
No mês passado, a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou uma emenda ao Orçamento da União 2017,que prevê R$ 50 milhões para a construção do anel rodoviário. A obra tem um valor superior ao da emenda aprovada.
O custo do contorno só será definido após apresentação do projeto executivo. Entretanto, por se tratar de uma obra que deve ultrapassar os R$ 100 milhões, os recursos são apresentados anualmente ao Orçamento e liberados de acordo com o cronograma do empreendimento.
O anel rodoviário é apresentado como alternativa para superar o conflito entre tráfego urbano e rodoviário. Os primeiros estudos da obra começaram em 2009, com o levantamento estatístico de incidência de acidentes no trecho e cálculo da projeção de acréscimo do tráfego de veículos nas rodovias BR-262 e BR-158 – principalmente de carretas – em razão da construção e duplicação das fábricas de celulose de Três Lagoas.