O II Festival de Cultura Afro-brasileira, marcado para novembro, começou a ser discutido ontem (13), em reunião promovida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
O encontro, realizado no Dia da Abolição da Escravatura (13 de maio de 1888), reuniu representantes da Administração Municipal, curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Escolas da Rede Pública Municipal.
O objetivo primordial do encontro foi ampliar as discussões sobre a cultura afro-brasileira e como poder ampliar os objetivos que motivam a realização de um Festival de Cultura Afro-brasileira, em Três Lagoas.
“Discutir a cultura afro-brasileira é um momento novo, e tudo o que é novo causa uma resistência, por isso queremos atrair todos os interessados na cultura e aqueles que queiram descobrir a sua afro-descendência”, observou a assessora de Cultura, Cidinha Mariano, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Presente na reunião, o doutor em História da África e coordenador do curso de História da UFMS, Lourival dos Santos. Ele falou da importância de se introduzir, ao menos nas escolas da Rede Municipal de Educação (Reme), os estudos da cultura afro-brasileira, ampliando a discussão dos problemas causados pelas diferenças étnicas.
“As estatísticas mostram esta realidade: os negros ganham menos, e na adolescência têm maior dificuldade para serem aceitos. A reunião marcada para hoje, 13 de maio, foi proposital, pois nessa data comemoramos a abolição da escravidão no Brasil, uma abolição ainda incompleta, mas estamos trabalhando para mudar essa realidade”, comentou Lourival dos Santos.
Ele informou que, dentre as ações para conhecimento e valorização da cultura afro-brasileira é realizado nos meses de maio e junho um curso de extensão de Introdução da História da África, na UFMS, aberto à comunidade. “Para a tradição da nossa cultura também é importante discutir a cultura indígena, mas ainda não temos especialistas nessa área”, completou o professor da UFMS.
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