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Agressões

Fim de semana marcado por cinco casos de violência doméstica na polícia

Na maioria dos casos, mulheres ficaram feridas e ameaças de morte e cárcere, pelos companheiros

Agressões foram registradas em vários bairros. Somente no Novo Oeste foram duas, no mesmo dia - Arquivo/JPNews
Agressões foram registradas em vários bairros. Somente no Novo Oeste foram duas, no mesmo dia - Arquivo/JPNews

Ao menos cinco ocorrências de violência doméstica e ameaças foram registradas pela polícia, no final de semana, em Três Lagoas. Na maioria dos casos, as mulheres ficaram feridas e foram socorridas pela Polícia Militar. Uma das vítimas postou vídeo em redes sociais, onde expôs as às agressões sofridas. Em outro registro, um homem e sua família foram perturbados por ex-companheira que estaria alcoolizada.

A primeira ocorrência, às 3h30 de sábado, quando uma mulher teria invadido a casa do ex e começou a quebrar os móveis. A PM foi acionada e a agressora tirou toda a roupa e teve que ser contida pelos militares. Ela foi levada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac).

Dois casos foram registrados no condomínio Arara, no residencial Novo Oeste, no bairro Santa Luzia, também no sábado. Por volta das 8h, no Bloco O, mulher de 42 anos teria sido derrubada por seu esposo, de 43 anos. Ela sofreu ferimentos no braço esquerdo e ficou com hematoma no rosto. Ainda de acordo com ela, a briga aconteceu após ela informar que iria em uma festa com uma amiga. A polícia foi até o apartamento do casal, mas não encontrou o agressor. Ela dois levada a Depac e pediu medida protetiva.

Por volta das 17h30, o clima voltou a esquentar no residencial, dessa vez, no Bloco A. Um homem de 46 anos foi preso em flagrante, após ameaçar de morte, a companheira com quem convive há 22 anos. De acordo com a vítima de 41 anos, o homem começou discussão por não concordar com a educação dada pela mãe, aos filhos. Ele teria ameaçado ela de morte e disse: "Eu vou te matar, sua vagabunda, biscate, se não for hoje vai ser qualquer hora dessas". Ele ainda prometeu trancá-la em casa, para que não fosse à igreja. Aos policias que atenderam a ocorrência, o agressor disse que só disse isso, por estar nervoso e que foi ‘apenas da boca pra fora’, e que sempre discutiram. O filho do casal interveio e disse que sempre protege a mãe e que o pai é muito agressivo com a família. Todos foram levados para a Depac e a mulher quer representar contra o marido e requereu medida protetiva urgente.

 

NAS RUAS

Discussões com agressões nas ruas acabaram com casais levados até a Depac, no sábado e domingo. No primeiro caso, às 18h, na rua Capitão Olinto Mancini, no bairro Jardim Alvorada, uma mulher de 44 anos foi agredida pelo namorado de 35 anos, após uma discussão por motivos familiares. Ela foi puxada pelo braço, empurrada no chão, teve a roupa rasgada e levou tapa no pescoço, na frente da família e amigos. O genro, de 25 anos, tentou defendê-la e também foi agredido com um soco no olho esquerdo. A PM foi acionada e levou os envolvidos para a Depac.

À meia noite, a Polícia Militar foi acionada por moradores da rua Coronel João Gonçalves de Oliveira, no cruzamento da rua Jari Mercante, no bairro Jardim Cangalha, onde havia uma briga de casal. Os PMs encontraram uma mulher, de 30 anos, e seu companheiro, de 41 anos, feridos após se agredirem. Aos policiais, a vítima disse que o agressor teria lhe dado duas cotoveladas durante discussão dentro de carro em que voltavam de uma festa. Ela teria reclamado que o companheiro teria bebido ‘demais’ e, ao fazer uma manobra perigosa com o carro, quis descer. Ele não teria concordado e deu duas cotoveladas no rosto dela.

Na versão do homem, ele teria sido atacado pela companheira com o carro em movimento e na frente da enteada. Ela teria lhe dado tapas e socos na cabeça e também o enforcado, por não aceitar ser levada a delegacia. O homem disse que quase perdeu os sentidos e, para se soltar das mãos da agressora, deu-lhe cotoveladas. A chave do carro foi quebrada, durante a briga interrompida por duas vezes.

Ambos disseram à Polícia Civil, que teriam saído de uma festa onde o homem estava trabalhando. A mulher teve cortes na boca e sentia dores no nariz e o homem apresentou arranhões no pescoço e marcas no olho e na boca.

A vítima afirmou ainda, que o agressor teria dito que, “nada iria ocorrer, pois tem amizade com Policiais Militares e ainda é jornalista”. Ela quis representar criminalmente contra o companheiro, porém ele se recusou a fazer o mesmo.