Depois do anúncio da ONU que ao menos 1.200 pessoas morreram, ou estão desaparecidas, nestes três meses de crise na Líbia, nesta quarta-feira (1º) a França denuncia o impressionante número de até 10 mil mortes em três meses de conflito.
A informação, divulgada pelo jornal Le Figaro, é creditada a um diplomata familiarizado com o assunto, que teve acesso a "informações desiguais, mas consistentes" obtidas especialmente com pessoas que fugiram do regime, organizações de direitos humanos, diplomatas e serviços de inteligência ocidentais.
O número é menor aos 20 mil mortos anunciados pelos rebeldes, mas põe em alerta o Ministério das Relações Exteriores da França, que faz parte do grupo de países que apoiaram a intervenção militar da Otan (aliança militar do Ocidente) no país, além de empreitar a pressão internacional para isolar o ditador Muammar Gaddafi.
– É uma política que visa manter o terror para evitar qualquer levante. Gaddafi é capaz de qualquer coisa, incluindo o pior, não podemos ter que nos surpreender no futuro.
Otan vai prolongar ação na Líbia até setembro
Ainda hoje, os embaixadores dos países da Otan anunciaram que vão prolongar até o fim de setembro o plano de ação militar na Líbia, que terminaria em 27 de junho, informou o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen.
– A Otan e seus aliados acabam de decidir prolongar nossa missão na Líbia por mais 90 dias. É uma mensagem clara para o regime de Gaddafi: estamos decididos a prosseguir nossas operações para proteger o povo líbio.