O Hemonúcleo de Três Lagoas registrou alta de cerca de 70% no número de bolsas de sangue em junho. Foram doadas 275, sendo que em maio apenas 164.
De acordo com Wania Nahas, o salto nas doações deve-se a uma campanha realizada por profissionais desde maio deste ano. Eles ligam na casa dos doadores, agradecem à colaboração e os convidam a serem solidários mais uma vez. “Notamos que a campanha foi bem aceita, prova disto é o resultado”, disse.
Wania destacou que no inverno é comum haver redução de procura por parte dos interessados em doar, entretanto, neste ano foi diferente.
Atualmente o Hemonúcleo conta com 7.900 nomes registrados no banco de dados, porém, segundo Wania, a maioria só doa sangue uma vez. “Foi com base nesse alarmante que resolvemos nos aproximar dos doadores através da campanha”, disse.
MUDANÇAS
Wania contou que está esperançosa com as novas regras para a doação de sangue. Agora, adolescentes com idades a partir de 16 anos e idosos com idades até 68 poderão oferecer o sangue ao banco. Anteriormente a faixa etária era mais limitada. Só doava pessoas com idades entre 18 e 65 anos.
DEMANDA
O banco de sangue de Três Lagoas atende os dois hospitais de Três Lagoas e mais de Bataguassu, Brasilândia e Santa Rita do Pardo. Conforme Wanda, o banco tem atendido a demanda, porém, ela revelou que já passou por apertos. “O último feriado, 23 de junho, foi bem difícil, pois é justamente nos feriados que os hospitais mais solicitam sangue”, disse.
CRITÉRIOS
O interessado em doar sangue deve ter uma boa saúde, estar livre de qualquer tipo de vírus, pesar mais de 50 kg, não estar tomando nenhum tipo de medicamento, não ingerir bebida alcoólica por pelo menos 24 horas antes da doação e não ter residido em regiões consideradas endêmicas por três anos.
O regulamento do Ministério da Saúde diz para “excluir o candidato que, nos últimos três anos residiriam em regiões endêmicas”. Conforme Wanda o Mato Grosso do Sul considera o Norte do Brasil uma região endêmica devido à proliferação da malária.