Projetos que buscam alterar as leis que tratam do consumo e tráfico de drogas, tanto na esfera estadual quanto federal, foi intensamente debatido em 2012. Um dos pontos que ganhou maior destaque foi de internar usuários de forma compulsória sem passar pelo crivo de um juiz, ou seja, sem o consentimento do dependente. As leis buscam aprovação em diversos centros do país, algumas mais específicas com relação ao crack, outras mais abrangentes com relação aos mais diversos tipos de entorpecentes, abrindo inclusive discussão sobre o álcool.
Em Três Lagoas, segundo informações do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), cinco pessoas foram internadas compulsoriamente nos últimos três meses – duas apenas na semana passada. Segundo informações do enfermeiro e coordenador do órgão na cidade, Afrânio Azambuja, o CAPS AD auxilia na condução do dependente que teve a internação compulsória decretada pelo juiz, conduzindo o paciente para um hospital em Paranaíba. “Aqui não internamos ninguém, apenas contatamos o hospital de Paranaíba, que fará a avaliação do caso com seu corpo jurídico, e, estando tudo dentro da lei, receberá o dependente”, disse Afrânio.