
Em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (23), a Câmara Municipal de Três Lagoas aprovou, por 13 votos a favor e um contrário, as contas da gestão do ex-prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), referentes ao exercício financeiro de 2021. O parecer do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) recomendou a aprovação com algumas ressalvas, e a Casa de Leis acompanhou o posicionamento do órgão.
De acordo com o presidente da Câmara, Antônio Empeke Júnior, o Tonhão (PSDB), a sessão foi convocada exclusivamente para a votação do parecer prévio do Tribunal de Contas. Ele destacou que todos os trâmites legais foram seguidos.
O presidente explicou que a Câmara cumpriu todas as determinações legais e regimentais, com espaço para manifestações e deliberações dos vereadores. A Comissão de Finanças analisou o documento e emitiu parecer favorável à aprovação com ressalvas.
Antônio Empeke afirmou que a votação conclui mais uma etapa dos trabalhos legislativos e que a Câmara chancela o parecer do Tribunal de Contas. Segundo ele, o Legislativo cumpre mais uma vez com seu papel de fiscalização e transparência, finalizando a análise das contas de 2021.
A vereadora Maria Diogo (PT) foi a única parlamentar a votar contra o parecer. Ela justificou o posicionamento alegando a demora do Tribunal de Contas em encaminhar o relatório e as ressalvas apontadas.
Maria Diogo afirmou que considera incoerente o Tribunal de Contas enviar em 2025 a aprovação de contas referentes a 2021, período em que ela ainda não fazia parte da Casa. Destacou também que as contas apresentaram ressalvas relacionadas ao envio fora do prazo de balancetes mensais e a impropriedades contábeis já apontadas e posteriormente corrigidas.
A parlamentar lembrou ainda sua trajetória como presidente do Sinted (Sindicato dos Trabalhadores da Educação) e afirmou que, por coerência com as cobranças feitas no passado, manteve o voto contrário. Para ela, caso as contas tivessem sido enviadas sem ressalvas, o voto seria favorável, mas diante das inconsistências e da morosidade do processo, não poderia aprovar.