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Prevenção

Coordenadora do IST/Aids fala sobre situação atual das IST's em Três Lagoas

A rede pública de saúde oferece diversos serviços gratuitos, como testagem rápida e acesso a preservativos

Com ações de conscientização, a equipe leva testagens e orientações a escolas, empresas, feiras e praças da cidade. Foto: Antônio Luiz/RCN 67.
Com ações de conscientização, a equipe leva testagens e orientações a escolas, empresas, feiras e praças da cidade. Foto: Antônio Luiz/RCN 67.

Três Lagoas tem registrado aumento nos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), incluindo o HIV. Apesar do crescimento, a coordenadora do programa municipal de IST/Aids, Natália Andrade, durante entrevista ao programa RCN Notícias, da TVC HD canal 13.1, avalia o cenário de forma positiva, já que o número maior está ligado à ampliação da testagem e diagnóstico precoce.

Segundo ela, a maioria das pessoas que vivem com HIV na cidade é composta por homens na faixa dos 30 anos, mas chama a atenção o avanço dos casos em pessoas acima dos 60 anos, reflexo da vida sexual ativa dessa população e da falta de uso de métodos preventivos.

“Hoje, ter o vírus do HIV não significa ser doente. A pessoa pode levar uma vida totalmente normal, desde que inicie o tratamento o mais cedo possível. Isso evita a evolução para a Aids”, destacou Andrade.

A rede pública de saúde oferece diversos serviços gratuitos, como testagem rápida, acesso a preservativos, além das profilaxias pós-exposição (PEP) e pré-exposição (PrEP).

“O tratamento também é uma forma de prevenção, pois quando o paciente está em acompanhamento, não transmite mais o vírus”, explicou a coordenadora.

Ela ressaltou ainda que o Ministério da Saúde distribui preservativos de forma gratuita em todas as unidades de saúde, inclusive uma versão texturizada para estimular a adesão. Além disso, vacinas como hepatite A, B e HPV também são estratégias de prevenção.

Com ações de conscientização, a equipe leva testagens e orientações a escolas, empresas, feiras e praças da cidade.

“Falar sobre sexo ainda é um tabu, mas precisamos romper essa barreira. Prevenção sempre em primeiro lugar”, afirmou.

Andrade reforçou que nunca houve falta de medicamentos antirretrovirais ou preservativos no município e reforçou a importância do cuidado.

“Não é o fim do mundo receber um diagnóstico de HIV. Hoje, com um comprimido ao dia, a pessoa vive bem, pode constituir família e seguir normalmente sua vida”.