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Dia do fisiculturista: esporte que vai além dos músculos ganha força em Três Lagoas

O atleta Fábio Cristofer Souza Ortiz, que compete há apenas três meses, já soma conquistas importantes

Cada treino, refeição e hora de descanso fazem parte de um planejamento que pode levar anos até o atleta chegar ao palco das competições. Foto: Reprodução/TVC HD.
Cada treino, refeição e hora de descanso fazem parte de um planejamento que pode levar anos até o atleta chegar ao palco das competições. Foto: Reprodução/TVC HD.

Celebrado nesta quinta-feira (30), o Dia do fisiculturista homenageia atletas que fazem da disciplina, alimentação e esforço diário um verdadeiro estilo de vida. A modalidade, que une estética e superação, vem crescendo em todo o país e ganhando novos adeptos também em Três Lagoas.

O esporte ganhou ainda mais visibilidade após o brasileiro Ramon Dino conquistar o título de Mr. Olympia 2025, na categoria Classic Physique — feito inédito para o país e que despertou o interesse de novos atletas.

Entre os motivados está o profissional de Educação Física, Eduardo Pereira Rocha, que se prepara para sua primeira competição.

“Sempre fui apaixonado por musculação, e participar de um campeonato de fisiculturismo é a realização de um sonho. Depois do título do Ramon Dino, esse esporte vai crescer ainda mais no Brasil”, afirmou.

O fisiculturismo exige dedicação e paciência. Cada treino, refeição e hora de descanso fazem parte de um planejamento que pode levar anos até o atleta chegar ao palco das competições.

O atleta Fábio Cristofer Souza Ortiz, que compete há apenas três meses, já soma conquistas importantes.

“Meu primeiro campeonato foi em Três Lagoas, fiquei em terceiro lugar. Depois ajustamos o treino e a dieta, e em Campo Grande conquistei o primeiro e o segundo lugar”, contou.

Segundo ele, o investimento é alto — mais de R$ 2 mil por mês em suplementos e vitaminas.

“Por semana, consumo cerca de 3,2 kg de frango e 700 g de carboidrato. É uma rotina pesada, mas gratificante”, explicou.

Mesmo com o avanço do esporte, ainda há preconceito em relação ao fisiculturismo, especialmente quanto ao uso de anabolizantes.

“Ainda existe quem associe o fisiculturista ao uso de esteroides, mas dá para competir de forma natural. Eu mesmo estou na preparação sem anabolizantes”, disse Eduardo.

Para os atletas, o fisiculturismo é mais do que estética — é superação. A rotina inclui treinos intensos, dietas restritivas e acompanhamento profissional constante.

“Na preparação, corto o carboidrato e fico só com proteína para secar e definir. Já no período de ganho, chego a comer 400 gramas de arroz por refeição, fazendo cinco refeições por dia”, relatou.