O Instituto Votorantim celebrou convênio com Três Lagoas e patrocinou a elaboração de um plano de ação sustentável, que contou com a participação da Fibria, hoje Suzano, juntamente com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Instituto Arapyaú, e da Synergia Consultoria Urbana e Social. Inumeráveis reuniões foram realizadas com os mais diversos segmentos da sociedade civil organizada de Três Lagoas, visando reunir dados e informações envolvendo organismos da administração municipal e estadual.
Esse plano de ação realizado ao longo do ano de 2016, resultou em levantamento de informações sobre as demandas do município e indicou um planejamento de ações que habilitaram o município participar do Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), cujas fases de execução objetivavam fortalecer o capital humano, mercado de trabalho e a competitividade da cidade.
Assim como, promover a ocupação racional do município, sob o ponto de vista urbano e ambiental e o consequente fortalecimento da gestão pública. Para cada uma destas três etapas foram previstas ações que seriam desenvolvidas na execução desse arrojado plano, que acabou engavetado pela incúria e indolência da administração municipal, que neste caso não deu relevância e nem se importou com esse planejamento, que se colocado em execução daria para Três Lagoas um status de cidade avançada e mais desenvolvida do que hoje se apresenta.
Desprezou-se a inteligência dos atores envolvidos na sua formulação e na metodologia aplicada para a elaboração desse planejamento. Pior, sequer, a municipalidade apresentou projetos para os três grandes financiadores do porte do Banco Interamericano de Desenvolvimento, (BID) do BNDES, Caixa Econômica, que poderiam financiar grandes investimentos para o nosso desenvolvimento sustentável, os quais detalhados passo a passo, poderiam contribuir decisivamente para a melhoria da qualidade de vida da população três-lagoense, tornando-a uma cidade de referência.
Passados nove anos de desprezo do plano de ação elaborado pelo programa Três Lagoas Sustentável. Surge, novamente, outro organismo de notória seriedade que é o Sebrae, para elaborar novo programa denominado Cidade Empreendedora com foco na execução de ações, que visam aumentar a produtividade e inovação, objetivando alavancar atividades inerentes aos negócios, visando estimular a economia local e o consequente desenvolvimento.
O Jornal do Povo ao longo dos anos tem defendido em suas colunas a relevância do planejamento para o futuro da cidade, de modo que haja crescimento ordenado, sustentável e sobretudo, defendido a necessidade de se executar obras de infraestrutura urbana que qualificam a cidade.
O fato é que Três Lagoas tem em mãos um planejamento concebido pelo programa Cidades Emergentes e Sustentáveis, engavetado, e que nasceu dentro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que poderia há anos ser um dos financiadores de tantas obras e realizações que reclamamos. Certamente precisa de ajustes com fins de atualização de dados.
O fato é que não pode continuar adormecido nas gavetas da administração municipal. Somos uma cidade que cresce celeremente e que exige planejamento para o futuro radioso que está bem na nossa frente diante das perspectivas de mais possibilidades para o desenvolvimento socioeconômico que garantirá o nosso crescimento.