
O Comitê Municipal de Mobilização e Combate ao Aedes aegypti se reuniu nesta semana para avaliar os indicadores epidemiológicos e alinhar estratégias de prevenção contra Dengue, Zika e Chikungunya. O encontro contou com representantes de diferentes setores da administração municipal e de entidades parceiras, reforçando a necessidade de planejamento contínuo diante da transmissão persistente na cidade.
Segundo o boletim da Vigilância Epidemiológica, até a 45ª semana de 2025 foram notificados 1.705 casos de Dengue, com 438 confirmações e um óbito. Apesar do número expressivo, a situação segue estável, sem epidemia e com baixa ocorrência de casos graves. A Secretaria de Saúde mantém rotinas permanentes de controle de vetores, vigilância e atendimento aos pacientes, evitando agravamentos.
O LIRAa de novembro apontou Índice de Infestação Predial de 4,4 e Índice de Breteau de 5,2, demonstrando a presença contínua do mosquito em residências e depósitos. “Esses números mostram que a participação da população na eliminação de criadouros é essencial”, destacou Georgia Medeiros presidente do Comitê.
A cobertura vacinal contra a Dengue entre adolescentes de 10 a 14 anos atingiu 86% na primeira dose e 45,86% na segunda, ainda abaixo da meta de 90%. Humberta Azambuja, coordenadora do Setor de Imunização ressaltou: “Estamos reforçando a imunização, porque a vacina é uma ferramenta importante para reduzir casos graves”.
O município também avançou com a Estratificação de Risco Intramunicipal, o uso ampliado de ovitrampas e a instalação de Estações Disseminadoras de Larvicidas, qualificando o controle vetorial.
Em 2025, Três Lagoas apresenta alerta para Dengue, com incidência acima da média estadual, mas letalidade controlada. Para Chikungunya, a situação é mais favorável, com baixa incidência e sem mortes, enquanto não houve casos confirmados de Zika. A peculiaridade local é a transmissão contínua de Dengue ao longo do ano, favorecida por clima quente, alta umidade e chuvas frequentes, que dificultam a interrupção do ciclo do mosquito.
O Comitê destacou a maturidade do programa municipal de vigilância, com boletins regulares, consistência nas notificações do SINAN e integração com a vigilância estadual. O trabalho das equipes de Endemias, que realizam visitas domiciliares, bloqueio de focos e eliminação de criadouros, foi reconhecido como essencial para evitar picos de transmissão.
O enfrentamento ao Aedes aegypti depende de ação contínua do poder público e engajamento da população. “Combater o mosquito é uma responsabilidade de todos. Somente com esforços integrados ao longo de todo o ano podemos reduzir os riscos de doenças”, concluiu Georgia Medeiros