Veículos de Comunicação

Estiagem

Seca e queimadas colocam cidade em alerta neste período

Há um mês sem chuva na cidade, focos de incêndio intensificam a fiscalização

Há um mês sem chuva na cidade, focos de incêndio intensificam a fiscalização
Há um mês sem chuva na cidade, focos de incêndio intensificam a fiscalização

Com um mês sem chuvas, Três Lagoas enfrenta o pico do período de estiagem em alerta máximo para o risco de queimadas, incêndios florestais e urbanos. A situação crítica, que se agrava entre os meses de julho e agosto, levou o 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros a reforçar o monitoramento e as ações de combate desde maio deste ano.

Segundo o tenente Reinaldo Cândido, a corporação está preparada para responder aos chamados com rapidez, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade ambiental. “Já estávamos monitorando a cidade desde o início do mês. Há indícios de incêndios florestais, e estamos prontos para os atendimentos nesta época do ano”, destacou.
A previsão do tempo para o final de julho e início de agosto aponta para chuvas irregulares e volume bem abaixo do esperado.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estimativa é de apenas 150 a 200 milímetros de precipitação em toda a Costa Leste de Mato Grosso do Sul — volume muito inferior à média histórica. Esse cenário, somado à baixa umidade do ar, torna a vegetação altamente inflamável e aumenta significativamente o número de focos de incêndio.

MULTAS
Mesmo com os riscos conhecidos, muitos moradores ainda insistem em práticas ilegais, como a queima de lixo doméstico ou de folhas secas em terrenos baldios. A prática é proibida por lei e considerada crime ambiental, especialmente durante o período de seca. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea), intensificou a fiscalização em toda a zona urbana.

Somente em 2025, 15 autuações já foram aplicadas a pessoas flagradas ateando fogo em áreas abertas ou até mesmo queimando resíduos em quintais. A multa, segundo a fiscalização, pode chegar a R$ 600, e não há tolerância para reincidência. “Mesmo que o dono do terreno não tenha iniciado o fogo, ele será responsabilizado se o local estiver com mato alto, lixo ou folhas acumuladas. A falta de manutenção é uma infração”, explicou a fiscal Mayara Francisca.

As queimadas causam danos imediatos e irreversíveis ao meio ambiente. A vegetação local, além de abrigar espécies nativas, sofre com a perda de nutrientes e destruição do solo. “Estamos em uma época muito sensível. A população precisa entender que o simples ato de colocar fogo em folhas pode desencadear um incêndio de grandes proporções e colocar vidas em risco”, alertou a fiscal.

DENÚNCIAS
A orientação da Semea é que qualquer flagrante de incêndio ou queimada seja imediatamente comunicado ao Corpo de Bombeiros, pelo número 193, e em seguida à Secretaria de Meio Ambiente. O envolvimento da comunidade é essencial para prevenir danos maiores e responsabilizar os infratores.

Além do risco ambiental e das penalidades legais, a conscientização da população é vista como o principal instrumento para a prevenção de novos focos de incêndio. Em meio à seca e ao tempo seco, manter terrenos limpos, evitar o uso de fogo para descarte de resíduos e denunciar casos suspeitos são atitudes fundamentais para proteger a cidade.