O nome Maria continua sendo o mais popular do Brasil, com mais de 12 milhões de registros, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E em Três Lagoas, o nome mais tradicional do país ganha um toque especial: três irmãs compartilham não só o mesmo sobrenome, mas também o primeiro nome.
O levantamento foi apresentado no site “Nomes no Brasil”, lançado pelo IBGE, que reúne informações sobre a popularidade dos nomes e sobrenomes em todo o país. A ferramenta permite ao público descobrir quantas pessoas possuem o mesmo nome, em que período ele foi mais popular e até quais personalidades influenciaram essas escolhas.
De acordo com Fernando Gallina, coordenador de disseminação de informações do IBGE, o projeto nasceu a partir dos dados do Censo 2022 e tem o objetivo de aproximar a população das curiosidades sobre a cultura e a história dos nomes brasileiros.
“A ideia é que as pessoas possam se divertir com as informações e também entender como os nomes refletem períodos e referências históricas, culturais e midiáticas”, explicou Gallina.
Entre as curiosidades apresentadas no levantamento, nomes como Romário tiveram seu auge nos anos 1990, enquanto Neymar cresceu em popularidade a partir de 2010. Já nomes antigos, como Adamastor, caíram em desuso.
Em Três Lagoas, o nome mais popular do país aparece em dose tripla. As trigêmeas Maria Helena, Maria Eloísa e Maria Olívia encantaram a cidade e se tornaram um exemplo vivo da tradição brasileira.
A mãe das meninas, Conchita Marina Ruiz, contou que a escolha dos nomes foi uma homenagem às mulheres da família e à constelação das Três Marias, que sempre a fascinou.
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“Maria Helena já era um nome que eu tinha em mente há muitos anos. Quando descobri que seriam trigêmeas, decidi colocar Maria nas três para homenagear minha mãe, Maria da Glória, e minha avó, Maria de Fátima. Além disso, sempre gostei da constelação das Três Marias, achei simbólico e bonito”, relatou.
Animadas e muito unidas, as três irmãs dividem tudo — inclusive a confusão divertida de serem chamadas pelo mesmo nome.
“A gente ama se chamar Maria! Às vezes dá vontade de brincar com isso, mas no fim é tranquilo. A gente divide tudo, até os presentes”, contaram.
O levantamento do IBGE confirma que Maria permanece como o nome mais tradicional do Brasil, seguido por José, com pouco mais de 5 milhões de registros. O estudo também revela como a escolha dos nomes reflete aspectos culturais e religiosos da sociedade brasileira.
E para a família de Três Lagoas, o nome Maria é mais do que uma tradição — é um símbolo de amor e união familiar.
