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Caso Camilo

Justiça recebe 1ª parte de inquérito de cabeleireira

Delegado enviou denúncia que aponta Joice Espíndola como assassina de Camilo

Camilo de Freitas da Silva, de 28 anos, foi morto em 20 de maio - Reprodução
Camilo de Freitas da Silva, de 28 anos, foi morto em 20 de maio - Reprodução

O delegado Rodrigo Sperancin Lopes, da 1ª Delegacia de Polícia de Três Lagoas, encaminhou ao juiz Rodrigo Pedrini, da 1ª Vara Criminal, parte do inquérito sobre a morte de Camilo de Freitas da Silva, de 28 anos, morto em 20 de maio. A afirmação é da equipe de cinco advogados contratados pela cabeleireira Joice Espíndola da Silva, de 35 anos, principal suspeita pelo crime. Entre outras alegações, os defensores  divulgaram nota à imprensa, na tarde de ontem, em que afirmam que a família dela continua recebendo ameaças. 

Joice está presa desde a quarta-feira na penitenciária feminina de Três Lagoas, onde divide cela com pelo menos 10 detentas. A direção do presídio não divulgou o número exato. 

A cabeleireira foi autuada pelo delegado Rodrigo Sperancin, responsável pelo caso. 

Os advogados afirmam ter denunciado à polícia supostas ameaças contra Joice e a família. “Áudios foram enviados para seus parentes com ameaças. Ela não foi considerada foragida", diz a nota, acrescentando que ela "esteve à disposição da Justiça desde o dia do crime."

O inquérito policial, previsto para ser finalizado em até oito dias, deve ser mantido em sigilo – segundo apontam os advogados – para proteção da cliente. “Inclusive quanto às questões jurídicas e processuais, devemos primar para que algumas informações sejam apresentadas em Juízo, antes de serem disponibilizadas à imprensa.

Sperancin afirmou ter convicção de que Joice matou Camilo ao intervir em uma discussão entre ele e a esposa Larissa Laís da Silva, de 23 anos, na rua João Carrato, no bairro Vila Nova. A afirmação foi baseada em depoimentos de testemunhas e do filho da cabeleireira, de 16 anos, que confirmou a participação da mãe no crime.

Em depoimento, na quarta-feira, Joice também confirmou ter visto a briga de Camilo e Larissa, parado o carro (uma camionete) e depois voltado ao veículo para pegar a faca usada no crime.

Ainda segundo o delegado, outras quatro pessoas estariam na camionete, entre elas, o filho, com um irmão de 10 anos. Os outros passageiros do carro não tiveram nomes revelados pelo delegado, que classificou o dado como sigiloso.