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Mato Grosso do Sul pode ter mais uma fábrica de celulose da Bracell

Segundo o governador, além da fábrica de Bataguassu, a RGE estuda instalar uma segunda unidade no Estado

Segundo o governador Ridel, além da fábrica de Bataguassu, a RGE estuda instalar uma segunda unidade no Estado.
Segundo o governador Ridel, além da fábrica de Bataguassu, a RGE estuda instalar uma segunda unidade no Estado.

O Governo de Mato Grosso do Sul acompanha de perto a possibilidade de receber mais uma fábrica de celulose da Bracell, empresa do grupo indonésio Royal Golden Eagle (RGE). O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Riedel durante o evento “Missão Ásia”, realizado nesta semana, na Casa da Indústria, em Campo Grande.


A primeira unidade da Bracell no Estado será construída em Bataguassu, no leste sul-mato-grossense. O projeto prevê um investimento de R$ 16 bilhões para a implantação da primeira fábrica de celulose solúvel do Estado. A expectativa é que a licença prévia para início das obras seja emitida até o fim deste ano. A nova unidade marca a entrada da Bracell em território sul-mato-grossense e fortalece ainda mais o chamado “Vale da Celulose”.


Segundo o governador Ridel, além da fábrica de Bataguassu, a RGE estuda instalar uma segunda unidade no Estado. “Estamos falando da possibilidade de mais uma fábrica da RGE em Mato Grosso do Sul. A de Bataguassu já está definida, e agora observamos os próximos passos do grupo”, afirmou Riedel.


Inicialmente, a segunda planta da Bracell estava prevista para o município de Água Clara, onde a empresa possui uma área de 110 mil metros quadrados com a operação da MS Florestal, voltada para produção de mudas de eucalipto. No entanto, o projeto segue sem definição. A empresa avalia diferentes modelos, incluindo a produção de celulose kraft, usada na fabricação de papel e embalagens, ou uma planta mista que combine celulose kraft e celulose solúvel. Há também a possibilidade de que a nova fábrica seja instalada em outro município do Estado.


Polo de celulose

Mato Grosso do Sul já é destaque nacional no setor de base florestal. Atualmente, o Estado conta com três fábricas de celulose em operação em Três Lagoas, duas unidades da Suzano e uma da Eldorado Brasil. Juntas, as três plantas transformaram Três Lagoas em um dos maiores polos industriais do setor no país.


Em 2024, a Suzano também colocou em operação sua nova unidade em Ribas do Rio Pardo, considerada a maior fábrica de celulose de linha única do mundo. Além disso, a empresa chilena Arauco está em fase de implantação de sua unidade em Inocência, com início das operações previsto para os próximos dois anos.


Com isso, o Estado deve alcançar a marca de sete fábricas de celulose em médio prazo, quatro em operação, uma em construção e duas unidades da Bracell em estudo e projeção. A capacidade de produção deve ultrapassar 10 milhões de toneladas por ano, consolidando Mato Grosso do Sul como um dos maiores produtores mundiais de celulose.


Empregos e diversificação


Além do impacto na economia, os investimentos impulsionam a geração de empregos diretos e indiretos em todo o Estado. A expectativa é de milhares de postos de trabalho durante a fase de obras e, posteriormente, na operação das unidades.
O governo estadual também trabalha para diversificar a cadeia produtiva, atraindo empresas de transformação que utilizem a celulose como matéria-prima, como fábricas de papel, papelão, embalagens e produtos higiênicos. A estratégia visa agregar valor ao produto e ampliar a arrecadação com exportações e geração de empregos qualificados.