Moradores da Esplanada da Noroeste do Brasil (NOB) reclamam do abandono dos vagões de trem estacionados na área de concessão da América Latina Logística, no perímetro urbano de Três Lagoas. Eles informam que esses vagões estão servindo para esconder bandidos, além de serem utilizados por usuários de drogas.
Na manhã de ontem, durante o programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM, o morador da NOB, João Batista, denunciou o descaso em que se encontra essa área. “É vergonhosa essa situação. Esses vagões estão servindo de moradia para os usuários de drogas, para criadouros do mosquito da dengue e para esconder bandido. Eles pulam a cerca e vem roubar as nossas casas”, reclamou o morador.
Na opinião de Batista, essa situação é ruim para a imagem da cidade. “Três Lagoas já não é uma cidade bonita, ainda tem esses vagões abandonados bem no perímetro urbano, aí complica mais a situação”, disse o morador, que reside no local há quase 20 anos. “Não muda nada por aqui. A gente não pode fazer melhorias na casa, falam que vão tirar a linha férrea daqui e continua do mesmo jeito”, acrescentou.
A idosa Delfina Ferreira de Queiroz, de 95 anos, disse que mora na Esplanada da NOB , desde 1.995, e que esses vagões sempre estiveram abandonados. “Malandro se esconde nesse local, sem contar à molecada que fica escondida ai jogando pedras nas casas. A minha filha quando era viva mandava limpar e jogar veneno no mato em parte dessa área”, contou a idosa.
Morador há 30 anos na NOB, o aposentado Edgar Correa, conhece bem a história da antiga estrada de ferro. Ele lembra, inclusive, da época em que as obras para a construção de um viaduto foi iniciada, porém não teve seguimento. “O correto seria ter construído um viaduto, com passagem para os veículos por baixo, ou cima da estrada de ferro. Antes da cidade existir, a linha férrea já estava aqui. Então, quem chega depois é que tem que se adaptar. Não haveria nem a necessidade de construir esse contorno ferroviário, que nunca termina. Enquanto isso, essa área fica desse jeito, abandonada”, declarou.
