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Três Lagoas

MPE baixa portaria para apurar impacto ambiental da lagoa

Além da Portaria, a empresa Construcampo foi notificada

Empresa instalou mantas para agir como barreira de contenção do material oleoso - Elias Dias/JP
Empresa instalou mantas para agir como barreira de contenção do material oleoso - Elias Dias/JP

A Promotoria do Meio Ambiente baixou portaria para apurar o impacto ambiental causado pela lama asfáltica que foi arrastada pela água de forte chuva em uma das caixas de contenção da Lagoa Maior, na última quarta-feira, 10.

Segundo o sócio proprietário da Construcampos, Agnaldo Pierre do Santos, a empresa está tomando todas as medidas mitigatórias para solucionar o problema, desde o momento que detectaram a contaminação da caixa de contenção.

Agnaldo explicou que o impacto ambiental foi um acidente, não havia previsão de chuva para o dia, mas depois de três horas de passar um impermeabilizante de asfalto na rua onde estavam preparando o terreno para receber camada de asfalto, faltando menos de duas para conclusão do trabalho, começou a chover torrencialmente dando causa a uma situação imprevisível.

“Assim que nossa equipe diagnosticou o problema, em torno de 12h30 da quarta-feira, começamos a limpar a caixa de contenção de água de chuva na Lagoa Maior. Estamos executando todo trabalho necessário para limpar e recuperar essas caixas de contenção. Trabalhamos há sete anos e nunca tivemos nenhum problema como este. A empresa não possui nenhum passivo ambiental”.

Além da portaria baixada pela Promotoria de Meio Ambiente para apurar as causas do incidente, a empresa recebeu, a notificação da prefeitura, autuando a Construcampos pelo impacto ambiental.

O promotor de Justiça, e curador do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, informou que a portaria foi baixada para apurar o caso. “A Polícia Militar Ambiental compareceu ao local. Depois notificamos a empresa referente às medidas de limpeza, evitando a mortandade das espécies presentes e, posteriormente, uma perícia será feita para diagnosticar se o meio ambiente foi restaurado”, explicou o promotor.

Na manhã de ontem, os integrantes da Associação Amigos da Lagoa informaram que a água contaminada da caixa de contenção, desceu para a Lagoa Maior, após as chuvas. Em comunicado, a prefeitura informou que exigiu da Construcampos a construção de uma barreira de contenção do material. Os fiscais verificaram que a barreira foi eficaz e realmente o óleo foi contido, por isso, a água que passa pela barreira não representa risco de contaminação.