Até o próximo ano o Estado deve receber 17 novas plataformas meteorológicas, quando alcançará 45 estações distribuídas em todas as regiões do Estado. A proposta da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Serviços (Seprotur) tem a finalidade de complementar as informações agrometeorológicas estaduais com o objetivo de subsidiar o zoneamento agrícola. As três primeiras plataformas já foram entregues em parceria com o Ministério da Agricultura – Instituto Nacional de Meteorologia (Mapa/Inmet). Outras 17 estão em pleito junto ao Mapa e devem ser viabilizadas em 2013.
Em Sonora e Costa Rica os equipamentos entraram em operação no início deste mês. Já em Bataguassu a previsão é de que a estação entre em funcionamento no início do próximo ano. As unidades foram doadas pelo Mapa/Inmet, e o trabalho foi viabilizado em parceria com as prefeituras municipais, Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja) e empresas rurais.
Os parâmetros a serem medidos nas novas unidades são: temperatura (mínima, máxima e instantânea), umidade do ar (mínima, máxima e instantânea), ventos (velocidade máxima, direção e rajadas), chuva, pressão atmosférica e radiação solar.
Segundo explica o secretário Adjunto da Seprotur, Paulo Engel, já há alguns anos o projeto vem sendo pensado haja vista a necessidade de se conhecer as limitações climáticas regionais. “Por meio de um sistema tecnológico de agrometeorologia é possível utilizar informações de tempo e clima otimizando as áreas agricultáveis, adequando as cultivares com a melhor época de plantio e aproveitar gradativamente as áreas inativas promovendo o incremento da produtividade agrícola”, explica ele, que complementa: “a redução dos riscos climáticos é fundamental para a consolidação do sistema de Seguro Agrícola e base para o constante aperfeiçoamento do nosso Zoneamento Agrícola”.
De acordo com presidente da Aprosoja MS, o monitoramento meteorológico abrangente permite o planejamento adequado com relação ao clima que é fundamental para a produção agropecuária. “Como exemplo temos a oscilação da produtividade da soja que ocorreu nas safras 2003/04, 2004/5, 2008/09 e ainda 2011/12 quando a cultura foi atingida por sérios problemas climáticos, o que afetou a qualidade do nosso grão, a produtividade e tivemos muita perda pós-colheita”, afirmou Almir Dalpasquale.
Para coletar sistematicamente os dados de precipitação, temperatura do ar, fotoperíodo e disponibilidade de água nos solos, como variáveis climáticas para estimar o balanço hídrico e identificar as áreas e os períodos de plantio com o menor risco climático, definindo o zoneamento para o cultivo agrícola, as novas estações serão estrategicamente instaladas para complementar a rede existente, conforme os seguintes critérios: