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Três Lagoas

Ofertas fazem treslagoenses dormirem fora de casa

Movimento em frente ao Magazine Luiza começou à partir das 11 horas

Treslagoenses já aguardam na fila -
Treslagoenses já aguardam na fila -

A dona de casa, Maria Elivete, 51 anos é a primeira treslagoense da fila que se formou desde a manhã desta quinta-feira (7), em frente ao Magazine Luiza.

Pela segunda vez, Maria foi atraída pelos descontos. Segundo ela, a compra deste ano será um guarda-roupas. “Eu cheguei bem cedo mesmo. Queria ser a primeira, poder escolher. No ano passado foi minha filha quem veio, mas como chegamos tarde não conseguimos comprar. Esse ano, dependendo do valor que pagar no guarda-roupa, quero comprar um celular”, comentou.

A pensionista, Leonice de Souza Oliveira, 59 anos, também aguardava na fila, com a senha de numero 24, ela estima passar 14 horas esperando para poder comprar um condicionador de ar. “Cheguei por volta das 13 horas. Já tinha fila. Estou aqui para comprar um ar condicionado. Na minha casa só tem um e com esse calorão não tem como ficar sem”.

Leonice conta que esta é a primeira vez que enfrenta uma fila para comprar um produto. “Espero que valha mesmo a pena. Vim atraída pelos comentários. Todo mundo diz que os preços ficam irresistíveis. Espero que realmente o preço do ar caia”. Ela estima pagar pelo condicionador de ar, no máximo R$ 500.

Dalvali dos Santos, auxiliar de serviços gerais, vai comprar um liquidificador. “Eu sou o número 27. Cheguei cedo para conseguir um bom lugar”.
Questionada sobre como pretende passar o resto dia, Dalvali disse que pretende fazer um extra e talvez peça para o filho levar os apetrechos de manicure. “São muitas horas, porque não aproveitar e ganhar um dinheiro”.

No mesmo pensamento está  Isabel Ferreira, 37 anos. A costureira disse que vai passar boa parte das horas bordando. “Essa fila é boa. A gente da risada, conversa, encontra amigos e conhecidos e passa o tempo”.

Isabel enfrenta a fila para comprar uma máquina digital. “No ano passado cheguei as quatro da manhã. A fila já passava do Banco Itaú. Não consegui entrar. Quando chegamos na esquina aconteceu um tumulto e muita gente ficou sem comprar”. Esse ano a costureira se antecipou e disse que espera com ansiedade a baixa dos preços. “Dependendo dos valores quero comprar também uma sanduicheira e se der um ventilador”.

A maioria das pessoas que está na fila se revezará com parentes e amigos.

Por questão de segurança, todas comentaram que estão sem dinheiro na fila. Quando a loja abrir os parentes levarão o dinheiro.

A população é atraída por descontos que podem chegar até 70%.