A Associação SMT Cultural Sertaneja, organizadora da 16ª Cavalgada Sul-mato-grossense realizada no sábado (3), em Três Lagoas, emitiu uma nota à imprensa à respeito das acusações de maus-tratos durante o evento.
Em relação à divulgação de imagens de um cavalo sendo maltratado na Lagoa Maior, a Associação SMT diz que “repudia a ação e esclarece que, conforme informações, o caso ocorreu após o evento. Durante o percurso, além de um veterinário responsável, a comissão conta com o apoio de fiscalizadores que fazem o trajeto a pé para orientar e repreender qualquer tipo de atitude fora do previsto. Vale salientar, inclusive, que dois cavaleiros foram retirados da cavalgada pela fiscalização, por não cumprirem as regras”, diz o comunicado.
Ainda de acordo com a associação, para participar do evento é realizado um exames de Anemia Infecciosa Equina e Mormo. Os resultados devem ser apresentados à comissão organizadora, que tem ainda a listagem de todas as comitivas participantes, além de contar com o apoio de um veterinário responsável.
O médico veterinário, responsável pelo laboratório que realiza os exames dos animais, Renato Carrato, explicou que é normal o “cavalo deitar com a traia“, (termo usado pelos peões, quando chega a um leito d’água). “O cavalo gosta de tomar banho, é normal. O errado, neste caso divulgado, é a atitude do cavaleiro agindo com violência”, esclareceu.
Ainda de acordo com a associação, a organização do evento reforça que é contra qualquer tipo de violência e, por sua vez, explica que não pode responder pelas atitudes dos cavaleiros depois que eles se dispersam. “São participantes que amam os animais, que vivem na lida do campo. Não é justo generalizar e colocar em debate a organização e responsabilidade de um evento que já acontece há 16 anos, por conta da irresponsabilidade de uma pessoa”, declarou o presidente da Associação SMT Cultural Sertaneja, Adilson Ferreira.
Após divulgação do vídeo, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, pediu a apuração do caso.