
Depois de conseguirem um assento como membros plenos na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), os palestinos prometem agora dar os primeiros passos para garantir o reconhecimento de pelo menos 20 locais como Patrimônios da Humanidade palestinos.
A petição deve incluir Jerusalém, cidade disputada por Israel e Palestina como capital de seus respectivos Estados e que Israel considera "indivisível". "Haverá uma batalha dentro da Unesco por Jerusalém e por cerca de 20 locais de patrimônio histórico que não foram registrados como lugares palestinos", disse Sabri Saidam, assessor do presidente palestino Mahmud Abbas.
A Basílica da Natividade, em Belém, onde Jesus teria nascido, é outro lugar que ocupa o topo da lista. Os palestinos já tinham apresentado a candidatura de Belém este ano, mas foi negada devido ao status de observador.
"Também esperamos nos beneficiar das diferentes iniciativas realizadas pela Unesco, das quais estivemos privados", completou Saidam. A Unesco oferece treinamento aos palestinos para planos de conservação dos sítios histórico-culturais desde 2002. Como estado membro, a Palestina poderá receber a partir de agora mais ajuda financeira para a manutenção do patrimônio.
Por outro lado, a Unesco terá que reorganizar seu orçamento após o anúncio da suspensão das contribuições dos Estados Unidos e do Canadá, que se posicionaram contra a entrada da Palestina na organização internacional. Só a ajuda anual dos Estados Unidos corresponde a cerca de US$ 70 bilhões, 22% do orçamento da organização.