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Três Lagoas

PMA retorna à Lagoa Maior para concluir estudo sobre jacarés

PMA constatou a presença de dois jacarés vivendo na lagoa, mas, segundo o comandante do órgão, Gildo de Souza, não há motivo para preocupação por parte da população

Pela segunda vez durante esta semana, policiais do 3º Pelotão da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Três Lagoas estiveram na Lagoa Maior com o intuito de verificar a presença de jacarés no local. Na ação de ontem de manhã, policiais embarcados percorreram toda a extensão da lagoa e constataram que há dois jacarés vivendo no local. Já na primeira vistoria, realizada na última segunda-feira, os policiais averiguaram somente as margens da lagoa sem o auxílio de embarcação.

De acordo com o comandante da PMA, Gildo de Souza, o objetivo dessa última ação era encontrar o jacaré e verificar a que espécie ele pertence. Porém, o animal não saiu da água. Mas, com base na análise a partir de filmagens obtidas pela PMA na última segunda-feira, o comandante afirma em 99% que os jacarés da lagoa são do papo amarelo. “Esta espécie é a mais brava”, disse. E continuou: “por isso, é importante que as pessoas não cutuquem o animal com pedaços de madeira ou galhos, e também não tentem alimentá-los”, frisou.


Entretanto, o comandante garante que não há motivo para alarmes. A população pode continuar frequentando a lagoa para caminhar, apreciar a natureza, e, consequentemente, aliviar o estresse do dia a dia. “O jacaré não vai sair correndo atrás de ninguém, desde que não seja apedrejado”, observou.
Na opinião de Souza, a retirada dos jacarés é inviável, pois ele explicou que os córregos da Onça e Japão dão acesso à lagoa. E frisou: “Se estes jacarés forem retirados, outros vão aparecer ou até os mesmos podem retornar. A Lagoa é um corredor para eles, por conta dos córregos”, esclareceu.


Medidas
Segundo o oficial, uma das medidas será convocar uma reunião entre os órgãos competentes como PMA, Ibama, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente para chegar a um consenso. 


Outra medida é realizar uma campanha de conscientização como a fixação de placas no local para informar que é proibido nadar, pescar, alimentar os animais e que ali há presença de jacarés.


Cerca
No Plano de Monitoramento da Lagoa Maior realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMS) e publicado na edição de ontem do Jornal do Povo, os professores sugerem o cercamento da lâmina d’água na Lagoa Maior. O material utilizado como cerca poderia ser troncos de eucalipto ou vegetação baixa. Mas, particularmente, o comandante da PMA é contrário a essa sugestão. Ele acredita que a população precisa respeitar o habitat dos jacarés. “É possível viver em harmonia, seres humanos e jacarés”, explicou. Portanto, ele acredita que a melhor maneira de tomar uma atitude quanto ao aparecimento de jacarés na lagoa é a realização de uma reunião entre os órgãos competentes.