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Três Lagoas

Preço dos aluguéis não cai e sobram imóveis em Três Lagoas

A maioria dos proprietários espera a chegada de trabalhadores

Mesmo a oferta sendo maior que a demanda, os preços continuam altos -
Mesmo a oferta sendo maior que a demanda, os preços continuam altos -

A expectativa da chegada de milhares de trabalhadores a Três Lagoas, ainda neste ano, alimenta a esperança dos proprietários de imóveis que aguardam por mais uma valorização nos aluguéis. O que se vê em vários bairros da Cidade é uma imensa quantidade de casas disponíveis, tanto para locação, quanto para a venda.

A lei da oferta e procura, neste caso, não atinge o Município. Enquanto sobram casas destinadas ao aluguel, os proprietários não baixam os valores e quem sofre é parte da população que depende desta oferta de imóveis para se estabelecer ou residir.

De acordo com o proprietário da Imobiliária Gusmão, Luiz Alberto de Lima Gusmão, muitos proprietários ainda vivem baseados nas lembranças -quando o município viveu um ‘boom’ e o preço dos aluguéis subiu significativamente . “Eles [proprietários] ainda vivem sobre a especulação. Acreditam que Três Lagoas viverá tempos iguais àqueles. O que aconteceu há três anos não vai voltar. Naquela época, a Cidade não tinha infraestrutura, faltavam casas, o déficit era enorme. Agora, muitos empreendimentos estão surgindo. Muitas pessoas construíram casas, kitnets, e a quantidade de casas disponíveis é reflexo dos altos  preços que eles querem praticar. Se está caro e continuarem nestes valores as casas continuarão fechadas”, comentou.

Gusmão explica que o aumento real chega a 30%. “Há três anos, uma casa que custava R$ 500 foi alugada por R$ 1 mil. Hoje, com a redução de 30% a 40% nos valores, esse aluguel caiu para R$ 600, então, o aumento real é de R$ 100. Muita gente não faz essa conta, mas essa é a realidade que Três Lagoas atravessa neste momento. Aqui alugamos casas até R$ 800 com mais facilidade, passou de R$ 1 mil, dificilmente é alugada”, informou.

Ele conta que, na época de pico, eram alugadas em média 40 casas ao mês, e atualmente este número não passa de 15. “É uma diferença significativa. Hoje tenho 80 imóveis disponíveis e 350 ativos. Na época em que a VCP estava aqui, o máximo que eu poderia oferecer eram cinco casas. Essa quantidade de imóveis desocupados representa prejuízo tanto para a imobiliária quanto para os proprietários, mas eles ainda não vêm como prejuízo e imaginam que vão recuperar esse tempo ao alugar o imóvel pelo preço exigido”, comentou.

Outras imobiliárias passam pela mesma situação. Somando as casas disponíveis em três empresas do ramo imobiliário da Cidade, o número chega a 235 imóveis, se traçarmos uma média, são aproximadamente 80 casas por empresa, disponíveis para locação.

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