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Três Lagoas

Prefeitura compra leite de produtores fora do Estado

Em 2008, a ex-prefeita Simone Tebet anunciou uma contrapartida do governo do Estado de R$ 150 mil e o local da construção na Vila Piloto

Construção de usina de pasteurização seria a solução -
Construção de usina de pasteurização seria a solução -

Os produtores de leite de Três Lagoas não poderão comercializar seus produtos com a rede escolar devido à falta de um centro de pasteurização no Município. “Infelizmente a construção da mini-usina de leite se arrasta há seis anos, quando o então deputado federal João Grandão conseguiu a liberação de R$ 300 mil, em emenda, para o empreendimento. Porém no nosso entendimento, tudo depende de interesse político”, afirmou o pecuarista, Valter da Costa Leal.

Em 2008, a ex-prefeita Simone Tebet anunciou uma contrapartida do governo do Estado de R$ 150 mil e o local da construção na Vila Piloto. De acordo com o Presidente da Associação dos Leiteiros de Rua, em Três Lagoas, Valter Feliciano, um erro na planta do projeto adiou o início das obras e mudou de lugar. “Agora a mini-usina será construída Bairro Santa Luzia. A empresa vencedora do processo licitatório está resolvendo a parte burocrática, mas se a pendência não for resolvida teremos que esperar nova licitação”, esclarece Valter Feliciano. Enquanto isso, a Prefeitura compra leite de produtores de São Paulo.

Enquanto os fatos políticos não são resolvidos, o setor pecuarista sofre com a falta de meios para comercializar seus produtos. Segundo a presidente do sindicato dos pequenos produtores rurais, Jenir Neves Silva, o fato se agrava quando se refere a assentamentos como Faia, Paulistinha e 20 de Março. “Esse pessoal ganhou a terra e não apoio técnico, nem a negociação com as escolas é possível. No Faia, a produção vai para um laticínio em Inocência. Dessa forma, deixa de pertencer a agricultura familiar”.

Segundo Valter Leal, o setor apresentou queda de 70% em número de pecuaristas que se dedicavam a produção leiteira. “Quem permanece na atividade tem que vender ilegalmente pelas ruas, enquanto há o novo mercado da rede escolar ao qual só necessitamos de um pasteurizador”, finaliza.