O projeto “Horizonte da Arte”, patrocinado pela Fibria e implantado no Jupiá, tem resgatado a cultura do bairro, suas paisagens e os pontos turísticos, por meio da pintura sobre tela. Cinquenta alunos de 12 a 25 anos do próprio bairro são os responsáveis em retratar os cenários. De acordo com a coordenadora do projeto, Nilva Barrozo, no início das aulas, em fevereiro deste ano, era possível notar em seus alunos a carência de cultura. Entretanto, com o passar dos meses, o quadro mudou. “Hoje, eles compreendem, com riqueza de detalhes, a cultura que existe em volta deles”, explicou.
Entre os principais quadros realizados, estão a ponte Francisco de Sá, a capela do Jupiá, a “prainha” e o dinossauro do artista três-lagoense e residente no Jupiá Zé Miguel. Segundo Nilva, os resultados vistos nas telas são surpreendentes. “A maioria dos alunos chegou ao projeto sem saber ao menos ‘segurar’ o pincel. Hoje, eles são considerados verdadeiros artistas”, disse, acrescentando que eles “descobriram o artista que existe dentro deles”. Uma equipe composta por seis monitores e dois coordenadores acompanha e orienta os alunos.
VISITA
O diretor de competitividade da Confederação Europeia das Indústrias de Papel (CEPI), Bernard Lombard, visitou ontem o projeto Horizonte da Arte. Através da intérprete e representante da Associação Brasileira de Celulose e Papel, Daniele Melo, o belga Lombardi disse que se encantou com os trabalhos dos alunos. Segundo ele, o que mais chamou a atenção foi o empenho de cada um deles. “Eu notei que a dedicação é feita de corpo e alma”, disse.
Conforme Daniele, Lombard veio ao Brasil conhecer algumas empresas de papel, dentre elas, a Fibria, uma das maiores fabricantes de celulose do mundo. Entre as programações propostas pela fábrica ao diretor da CEPI, estava a visita no projeto. Hoje, ele vai conhecer as plantações de eucalipto e a estrutura da fábrica.