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Três Lagoas

Promotor defende punição branda para adolescentes que participavam de orgias

Sérgio Harfouche alerta que o caso tem que ser lidado com cuidado para não banalizar o que os garotos fizeram

O promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche, defende uma punição branda para os adolescentes que participavam de orgias em uma casa localizada na rua Dona Albertina Rosa no Bairro Iracy Coelho, em Campo Grande.

Ele defende medida exemplar, mas que não sejam tão duras como o enquadramento em crime de estupro de vulnerável. Segundo o promotor, essa acusação é exagerada, por representar um peso que eles vão carregar para o resto da vida. Os adolescentes cometeram um crime sim, mas é preciso dar uma segunda chance, oportunidade para se disciplinarem.

“Inicialmente a internação não é o caso, na entrevista eles vão ter que me mostrar se são infratores ou indisciplinados”, disse. No total nove adolescentes serão ouvidos na próxima semana.

Sérgio Harfouche alerta que o caso tem que ser lidado com cuidado para não banalizar o que os garotos fizeram. “Existe ali um perfil de gangue, vou dar oportunidade para que eles se arrependam do que fizeram”.

Nos depoimentos, os garotos alegaram que tinham educação sexual, por conta disso achavam que podiam fazer tudo. Eles tinham consciência para usar preservativo, mas não compreendiam que a conduta era ilícita.

Quanto a isso o promotor observa que eles não são inocentes e tentam se passar de bobos para driblar a justiça. “Todos eles ofenderam o bem público que é a formação de pessoas”.

Para o promotor a maior vítima são os demais adolescentes que não estão envolvidos no caso. De acordo com ele, será feita uma proposta que ainda está sendo formulada como medida disciplinar para eles não ficarem impunes.

“Eu fico preocupado com a repercussão que esse caso teve no Brasil todo. Espero que isso não sirva de incentivo para nenhum adolescente”, diz.