
Três Lagoas
Reforma da 1ª DP deve ser concluída apenas em 2013
Cadeia pública que funcionava na delegacia está interditada há um ano por conta das condições precárias

A reforma do prédio em que funciona a 1ª Delegacia de Polícia e também a Delegacia Regional em Três Lagoas não deve ser concluída antes de 2013. De acordo com o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, a empresa responsável pela obra havia informado que deverá concluir a reforma ainda neste mês. Mas, por conta das festas de fim de ano, acredita que o prazo não poderá ser cumprido. “Fiz uma vistoria no local e ainda faltam alguns detalhes, como a conclusão da reforma das celas da cadeia pública e a parte de informática. Somado a isto, temos as festas de fim de ano. Por isso, acho que a obra só sai no ano que vem mesmo”, disse.
Entre os detalhes a serem finalizados nas celas da cadeia pública, está o sistema de ventilação para os presos. O espaço passou por reforma total, com a troca de todo o sistema hidráulico e elétrico.
Já na parte de informática, que engloba todo o prédio, é necessária a instalação dos cabos telefônicos e de internet para dar início à etapa final da reforma: a pintura. “Paralelamente a isso, também estão sendo construídos dois banheiros, um que ficará na sala de identificação e outro na sala construída para a Polícia Militar. Essa reforma, entretanto, não é feita com recursos do governo estadual, mas através de ação mitigadora da empresa Eldorado Brasil, aprovada pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul)”, explicou.
O prédio da 1ª DP, onde, em anexo, também funcionam a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e a Delegacia Regional, era para ter sido entregue há quase dois anos – a reforma foi publicada em diário oficial em janeiro de 2011. O atraso deve-se à necessidade de abertura de um novo processo licitatório depois que a empresa vencedora faliu.
Desde então, a Polícia Civil teve de ser distribuída em prédios emprestados. A DIG está no prédio da antiga escola estadual João Ponce. A 1ª DP teve de ser remanejada para uma instalação adaptada na DIG e a Delegacia Regional foi para o antigo prédio do Fórum. A tendência, porém, é de que todas retornem ao local após a conclusão da reforma.
PRECÁRIA
Mesmo com o longo tempo de espera, a reforma do prédio era mais que necessária. A estrutura física de uma das maiores delegacias da cidade, e que também recebe a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) à noite e nos fins de semana e feriado, estava mais que precária. A situação chegou a tal ponto que, em dezembro de 2011, a juíza Rosângela Alves Fávero interditou a cadeia pública que funciona na unidade. Na época, a Justiça entendeu que o local não tinha condições de receber presos. Até então, a cadeia recebia em torno de 60 presos ao mês.
“Realmente a situação estava caótica. Toda a parte hidráulica e elétrica foi refeita. Além disso, também foram implantadas novas paredes de alvenaria, que antes eram apenas divisórias para melhorar o trabalho dos servidores e também o atendimento à população”, disse.
PRESOS
A interdição da cadeia pública deverá ser anulada assim que for concluída a obra, o que não anima o delegado regional. Lopes informou que o retorno dos presos para a 1ª DP deverá sobrecarregar ainda mais delegados e investigadores da Polícia Civil. “Só vai atrapalhar a atividade-fim da Polícia Civil. Os policiais não são treinados para tomar conta de presos. Eles fizeram academia para prender e mandar para o presídio”, disparou.