Serviço Reservado da PM prende acusado de homicídio

Policiais do Serviço Reservado da Polícia Militar (PM) prenderam Rinaldo Vieira de Souza, 32 anos, acusado de ter matado o “Neguinho das Tranças”, na última terça-feira (16). A prisão aconteceu por volta das 20 horas de quarta-feira, na residência, situada na rua Osmar Tácito Lima, bairro Santa Terezinha, onde residiam: vítima, suspeito e outras três pessoas.
Segundo informações da PM, o acusado, também conhecido como “Ceará”, foi preso por meio de uma denúncia anônima. Por ela, os policiais receberam a informação de que a vítima havia sido morta por pessoas da casa. “Retornamos a residência e encontramos Ceará e Vagner [Vagner de Souza, 30 anos]. Os outros suspeitos já haviam deixado o imóvel”, explicou um policial militar do Serviço Reservado.
A denúncia apontava que Vagner teria participado do crime. Ele e Ceará negaram a informação. Aos militares e à imprensa, o acusado confessou o crime. Ele conta que agiu sozinho, motivado por uma crise de ciúmes. Na mesma casa, também morava uma mulher, identificada apenas como Auxiliadora, com quem Ceará tinha um relacionamento amoroso. No entanto, há um mês, o trabalhador começou a desconfiar que Neguinho das Tranças estava assediando a esposa dele. “No dia [do crime] eu vi, pela janela, ele tocando na perna da minha mulher. Daí fui lá tomar satisfação. Ele me empurrou e fomos lá para fora. Foi quando dei três facadas nele. No peito. Mas não degolei. Isto quem fez foi outra pessoa”.
De acordo com Ceará, o degolamento teria sido feito por uma segunda pessoa, identificada até o momento apenas como “Baianinho”. O acusado estaria dentro da casa no momento da briga entre Neguinho das Tranças e Ceará, saiu em seguida e degolou a vítima, que já estava caída ao chão.
Na versão do acusado, ele e Baianinho teriam usado facas diferentes: “Confesso que tinha bebido, mas me lembro bem. A faca dele era grande e a minha era menor”.
O trabalhador braçal é natural de Juazeiro (BA) e estava na residência há cinco meses, aproximadamente, onde, assim como os outros, vivia à espera de empregos esporádicos em fazendas e carvoarias. Ele e Neguinho das Tranças chegaram a trabalhar juntos, porém o suspeito não sabe a identidade da sua vítima. “Sei apenas que ele era do Maranhão”. A casa em que reside estava abandonada e não tem água encanada ou energia elétrica.
À reportagem, Rinaldo não demonstrou sinais de arrependimento. Mas disse estar disposto a cumprir sua pena pelo filho que terá – a esposa dele está grávida.