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Três Lagoas

Silvania inicia testes físicos para as Paralimpíadas do Rio 2016 (atualizada)

Atleta três-lagoense corre em busca de medalha de ouro em salto em distância

Silvania realiza treinos em academia, para exames médicos - Reprodução/Facebook
Silvania realiza treinos em academia, para exames médicos - Reprodução/Facebook

A atleta três-lagoense Silvania Costa de Oliveira incia neste domingo (10) os treinos com a seleção brasileira para as Paraolimpíadas deste ano, no Rio. Durante toda a semana, a equipe fará dezenas de testes e exames físicos e avaliações com a comissão médica do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

De acordo com Silvania, somente depois é que será elaborado o roteiro de treinos. Toda a preparação será voltada às paraolimpíadas, com foco em tempos, condições físicas e uso de equipamentos.

Silvania foi eleitta pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como Melhor Atleta Paralímpico de 2015, categoria feminina, no início de dezembro. Em 2015, a três-lagoense quebrou recordes brasileiro e das Américas do salto em distância, conquistou o campeonato mundial em Doha (Qatar), e a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos, em Toronto (Canadá).

Diferentemente do atletismo olímpico, no qual a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) interfere o mínimo possível no planejamento de treinos e competições dos atletas de elite (que fazem essa programação com treinadores e clubes), no atletismo paralímpico o papel do CPB é mais enfático.

“O CPB centraliza as ações para potencializar resultados”, explicou Ciro Winckler, coordenador técnico de atletismo do CPB. “Primeiro, a gente define o calendário de treinamentos e competições nas quais os atletas vão ter suporte do Comitê Paralímpico, que envia suas equipes multidisciplinares”, continuou. Segundo ele, o planejamento para o primeiro semestre está quase todo fechado.

“Na preparação para os Jogos Paralímpicos, vamos trabalhar por áreas. Os fundistas têm as provas específicas e os treinamentos em altitude; os velocistas vão ter os campings de treinamento nos Estados Unidos e competições no Brasil e nos Estados Unidos; e os lançadores vão ter treinos específicos e competições no exterior”, detalhou.

Outro ponto importante na preparação será o evento-teste, entre 18 e 21 de maio, organizado pelo CPB. “Vamos ter uns 400 atletas em uma competição de nível internacional”, disse Ciro Winckler. “Vamos convidar vários estrangeiros e vamos trazer alguns rivais para que nossos atletas possam se preparar da melhor maneira possível. Esse evento-teste será excelente e nos dará um ótimo parâmetro”, encerrou o dirigente.

ESTRUTRURA
Por enquanto, os atletas treinam em seus clubes, com seus técnicos. Mas, em breve, a Seleção Brasileira terá à disposição o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O local terá capacidade para receber até 282 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.

MEDALHAS
O Brasil contabiliza 109 medalhas no atletismo em Jogos Paralímpicos, das quais 32 são de ouro, 47 são de prata e 30 são de bronze.

METAS
O objetivo é conquistar entre 35 e 40 medalhas no total. Dessas, entre 11 e 14 ouros.

 

*Reportagem atualizada à 9h12 (MS) para acréscimo de informações.