O prefeito eleito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), disse que estuda voltar o funcionamento das repartições públicas municipais para período integral e pretende ouvir os sindicatos do Comércio Varejista, dos Empregados do Comércio, o Sindicato Rural e Associação Comercial, sobre o horário.
O presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Marco Garcia de Souza, disse que é favorável que as repartições públicas funcionem seguindo o horário do comércio. Souza, que já foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, disse que o período integral é importante devido a demanda da cidade. “Às vezes, essa demanda surge no período da tarde. Já recebemos empresários que não sabiam que a prefeitura funcionava só de manhã. É importante funcionar em horário comercial”, salientou.
A mesma opinião tem o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sueide Silva Torres. Ele disse que essa foi uma reivindicação feita aos candidatos a prefeito durante o período eleitoral. Sueide disse que o ideal é que as repartições públicas funcionem das 8h às 11 e das 13h às 17h.
“A prefeitura funcionando só em meio expediente prejudica a economia da cidade. Tem pessoas que, às vezes, não têm tempo para ir à prefeitura no período da manhã. É importante ressaltar que não é o sindicato que leva vantagem com isso, mas a população, o município de um modo geral. Acho que todas as repartições públicas deveriam funcionar em horário comercial”, destacou.
O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Eurides Silveira de Freitas, também defende a ideia. Ele disse que os escritórios de contabilidade reclamam muito da dificuldade para pagar tributos, conseguir guias, alvará e licença ambiental, em razão desse horário reduzido do funcionamento da prefeitura.
O presidente da Associação Comercial, Atílio d’ Agosto, disse que a prefeitura precisa acompanhar as demandas da cidade. “É preciso acompanhar esse desenvolvimento industrial e populacional”, frisou.
PRÉDIO
Guerreiro também estuda levar parte das repartições públicas para o prédio da escola do Sesi, na avenida Eloy Chaves, por isso negocia com a Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (Fiems), dona do imóvel.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, confirmou a negociação e disse esperar por um entendimento, através de uma parceria ou não.
Segundo Ângelo Guerreiro, a intenção é reduzir gastos com aluguel, além de proporcionar maior comodidade para os contribuintes que não precisariam se deslocar para vários locais em busca de um atendimento.