Aproximadamente, 65 funcionários da empresa Manserv, que presta serviço de manutenção à Fibria, cruzaram os braços nestasegunda-feira. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil (Sintricom), Aguimar Luiz de Souza, a paralisação foi iniciada na manhã de ontem, após assembleia geral com os trabalhadores.
O estado de greve foi decretado depois que a terceirizada teria se recusado a atender às reivindicações da classe. Entre elas, reajuste salarial de 12% e vale-alimentação no valor de R$ 250. “Em contrapartida, a empresa ofereceu reajuste de 6% e vale- alimentação de R$ 120”, explicou Aguimar.
O número de trabalhadores que aderiram ao movimento corresponde a aproximadamente 75% do total de funcionários da empresa. O restante, informou Aguimar, continua trabalhando normalmente. Pela manhã, os trabalhadores chegaram a realizar uma manifestação pacífica em frente à unidade da Fibria, que durou algumas horas e, de acordo com o sindicalista, foi encerrada sem incidentes registrados.
“Agora, estamos aguardando um posicionamento da empresa para ver quais serão os caminhos a serem tomados. Por enquanto, permaneceremos parados”, disse o presidente.
De acordo com ele, a empresa entrou em contato com o Sintricom ainda ontem por telefone. Uma reunião deverá acontecer entre hoje e amanhã. O reajuste dos trabalhadores da terceirizada vinha sendo discutido desde o mês de maio.
Em nota oficial, a Fibria informou que a greve dos empregados da Manserv não devera causar alteração no cronograma das atividades da Parada Geral da Unidade, previstas para o período de 25 de junho até 4 de julho.
SITREL
Na manhã de hoje, o Sintricon estará no pátio da Siderúrgica de Três Lagoas (Sitrel) para promover uma assembleia geral com os trabalhadores da terceirizada Usiminas. Na pauta de reivindicação dos trabalhadores estão os seguintes itens: reajuste salarial de 15%, aumento do vale-alimentação de R$ 70,00 para R$ 250,00 e folga de campo a cada 60 dias – hoje o benefício seria concedido a cada 120 dias.
Na assembleia, os trabalhadores irão decidir se entrarão em greve. A Usiminas emprega uma média de 400 a 500 trabalhadores.