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Três Lagoas

Trabalhadores alegam que não têm onde dormir após incêndio

Trabalhadores alegam que dormiram ?no tempo?

Trabalhadores alegam que dormiram ?no tempo? -
Trabalhadores alegam que dormiram ?no tempo? -

    Cerca de 150 trabalhadores da Usiminas, terceirizada da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel), estariam dormindo em barracas improvidas no alojamento localizado na BR-158 na saída para Brasilândia, após o incêndio ocorrido no último domingo, por volta das 23h. 

    De acordo com funcionários da empresa que não querem se identificar, a direção da Usiminas providenciou um rancho para abrigar os operários que ficaram sem teto, mas o local seria impróprio e não haveria sequer colchões para todos. “O rancho para onde nos levaram fica a cerca de meia hora da cidade e lá não tínhamos a menor condição para dormir”, disse.
 
   Os trabalhadores decidiram então retornar para o alojamento onde, segundo eles, havia pelo menos colchões. “Improvisamos umas barracas com encerados para nos proteger do sereno e dormimos. Porém, não conseguimos nos proteger das baixas temperaturas. Passamos muito frio. Tem sido assim desde domingo”, destacou.
 
    Eles alegaram ainda que na segunda-feira faltou água no alojamento e todos ficaram sem banho. “Alimentação e água para beber não têm faltado. A empresa até agora não teve nenhum posicionamento. Estamos nos sentindo como lixo. Em mais de 10 anos de profissão, nunca havia passado por uma situação semelhante antes”, desabafou um dos operários. 
 
USIMINAS
     Mais uma vez, a Usiminas não se pronunciou. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa e foi informada que dependia da aprovação da Usiminas para liberar a nota de imprensa. Até o fechamento desta edição, porém, a nota não havia sido divulgada. 
 
GREVE
    Os operários da Usiminas decretaram greve por tempo indeterminado na última sexta-feira. Eles reivindicam reajuste salarial de 15%, aumento no vale-alimentação de R$ 70 para R$ 250 e folga de campo a cada 60 dias. Atualmente, o benefício é concedido a cada 120 dias. De acordo com Agmar, a classe resolveu parar as obras como forma de chamar a atenção da direção da empresa e pretende ficar de braços cruzados.
     Até o fechamento desta edição, era grande o volume de trabalhadores com colchões nas mãos na frente do alojamento.