
A celulose pode ter perdido o posto de principal produto exportado por Mato Grosso do Sul para a soja, mas Três Lagoas segue na liderança como o maior município exportador do Estado. Conforme dados da balança comercial, o município encerrou o ano passado com a marca de US$ 1,153 bilhão em exportações. O resultado apresentou uma queda de 0,45% em comparação ao ano anterior, quando a balança comercial atingiu o recorde de US$ 1,58 bi em exportações.
Atrás de Três Lagoas, estão os municípios de Corumbá, com um resultado de US$ 579,1 milhões na balança comercial e Campo Grande, com US$ 528,1 mi, em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
No mês de dezembro, o município havia exportado US$ 106,3 milhões, o que equivale a um aumento de 58,47% em comparação ao mês anterior. Em novembro, as exportações três-lagoenses tiveram uma queda de 36,61% e fecharam com US$ 67 milhões negociados, pior resultado da balança no ano. Já o recorde foi o mês de abril, com US$ 124,7 milhões em exportações.
A celulose segue como carro-chefe das exportações. No decorrer do ano, foram destinados ao mercado externo mais de 2,2 bilhões de toneladas do insumo, o que correspondeu a mais de US$ 1 bilhão em negócios. A celulose tem participação de 92,30% na balança comercial três-lagoense.
Atrás dela, com certa distância, estão os resíduos sólidos da extração do óleo de soja, com US$ 47,8 milhões em lucro bruto e participação de 4,15%, e o papel, com US$ 28,1 mi e participação de 2,44%.
No Mato Grosso do Sul, a celulose perde espaço para a exportação da soja. O grão aparece na liderança da balança comercial com o total de US$ 1,229 bilhão em exportações. O terceiro lugar continua com a carne vermelha, com US$ 583,7 milhões.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento Econômico mostram ainda que das dez principais empresas exportadoras do Mato Grosso do Sul, três estão em Três Lagoas. A primeira da lista é a Eldorado Brasil, gerou US$ 726,3 milhões em negócios no ano passado. A fábrica de celulose tem uma participação de 13,85% nas exportações do Estado. A Fibria, que tem uma unidade em Três Lagoas também no ramo de celulose, aparece na quinta colocação estadual, com US$ 338,3 mi e participação de 6,45%. E a Cargill Agrícola, figura na oitava posição, com US$ 159,5 milhões e participação de 3,03% nas exportações do Estado.
MERCADO
Ainda segundo dados da balança comercial, 31,12% de toda produção três-lagoense – composta em quase sua totalidade por insumos industriais – segue para abastecer o mercado chinês, o que corresponde a US$ 359 mi. A Itália aparece em segundo lugar entre os principais países de destino das comodities. No ano passado, o país importou US$ 221,8 mi em produtos produzidos pela indústria local. Ele é seguido pela Holanda (US$ 186,4 mi) e Estados Unidos (US$ 91,1 mi), ocupando a terceira e quarta posição, respectivamente. A Coréia do Sul aparece em quinto, com a aquisição de US$ 59,7 mi da produção local.