Mais de R$ 5 milhões estão na conta da Prefeitura para serem aplicados na criação do Parque das Lagoas. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Mateus Arantes, a Secretaria aguarda a contratação de uma empresa para fazer um estudo das lagoas, o qual servirá de base para a criação do Parque.
O recurso é de compensação ambiental repassado pela Petrobras ao município em 2006, devido à operação da Usina Termelétrica Luis Carlos Prestes, em Três Lagoas. Na época, a estatal repassou R$ 3,75 milhões, quantia que seria destinada à construção do Parque das Lagoas, e mais R$ 1,45 milhão para serem aplicados na pavimentação das ruas de acesso à Lagoa Maior.
Como o recurso não pôde ser utilizado na realização de obras na Lagoa Maior, como previsto inicialmente, o dinheiro foi aplicado e hoje o montante soma mais de R$ 5 milhões. Entretanto, não pode ser utilizado para outra finalidade a não ser em unidades de conservação ambiental. Apesar de o município já dispor de duas áreas com essa característica, a Prefeitura quer tentar aplicar o valor na criação de um novo parque ecológico.
O secretário disse que não é um processo tão simples, pois enquanto a Prefeitura não contratar uma empresa para fazer o estudo não é possível aplicar o dinheiro. Mateus informou que a secretaria e uma outra empresa já realizam um diagnóstico para analisar a viabilidade de transformar a 2ª e 3ª lagoa em unidade de conservação e a Lagoa Maior em zona de amortecimento. “Especificamos o que deveria ser feito e agora estamos aguardando a Secretaria de Finanças contratar a companhia que vai fazer o estudo para a criação do Parque”, ressaltou Mateus.
Ele informou que a criação do Parque das Lagoas será apresentando em audiência pública. Após esse processo, será criado o Plano de Manejo das Lagoas. Em relação aos R$ 5 milhões, Mateus Arantes informou que esse recurso precisa ser aplicado em função da ampliação da termelétrica. Para a realização desse empreendimento, a Petrobras não pode ter pendências na área ambiental. Caso contrário, corre o risco de não conseguir a licença ambiental, expedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Mas, segundo o secretário, existe um esforço por parte da prefeita Márcia Moura e da vice-governadora Simone Tebet para resolver essa questão.