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Três Lagoas

UFMS afirma ter indicado medidas emergenciais para as três lagoas

Segundo a professora pesquisadora, Maria José Vilela, a bomba que leva água da Segunda para a Primeira Lagoa deveria ter sido religada desde agosto

Na próxima segunda-feira (13) uma equipe de professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) se reunirá com os responsáveis da Prefeitura para fornecer qual a logística para a elaboração do Plano de Manejo, referente às três lagoas. Segundo uma das integrantes do grupo da área biológica, Maria José Vilela, no início de agosto, o grupo indicou medidas que a Prefeitura deveria iniciar de imediato. Uma delas refere-se ao religamento da bomba que leva água da Segunda para a Primeira Lagoa.

“O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Cristovam Canela, solicitou que formássemos uma equipe para avaliar as condições para manter o ecossistema das Lagoas. Preliminarmente, constatamos medidas deveriam ser tomadas com urgência. O bombeamento de uma Lagoa para a outra deveria ser imediato”, afirma a Professora.

Outra necessidade refere-se a suspensão dos trabalhos com relação a “limpeza” da vegetação nativa, pela Empresa Construcampo Engenharia Ltda. “Não estamos apontando falhas. Apenas ressaltamos que esses vegetais, fundamentais para o ecossistema, quase não existem mais. Caso nossa análise verifique a inexistência, teremos que reintroduzi-los”, esclarece Maria José.

O aumento da barreira para regular a vazão de água nos canais que desembocam no Córrego da Onça também foi apontado pelos pesquisadores como medida inicial. “A construção deve ser feita antes do período das chuvas”, afirma.

Canela esclarece que técnicos da Secretaria avaliam qual tipo de comporta substituirá a barreira fixa existente. “Ao instalarmos um dispositivo móvel poderemos regular de acordo com os efeitos climáticos”. O secretario continua as explicações sobre a não religação da bomba. “Não posso devido à pequena quantidade de água no local. O ideal era movermos a bomba para o meio da lagoa, mas o investimento é alto”, explica.

Canela disse ter solicitado a Construcampo para que não retirasse mais a vegetação natural, mas que a limpeza periódica continuasse sendo feita. “Se a gente deixar vira um brejo. Contudo, penso que existe a probabilidade das capivaras estarem comendo parte da vegetação nativa”.