A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Três Lagoas já deu início às ações de conscientização sobre o uso das cadeirinhas e assentos de elevação para o transporte de crianças de zero a sete anos e meio de idade. A Lei do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que obriga o uso do equipamento de segurança para crianças tornará obrigatória a partir de 9 de junho.
Conforme o inspetor José Ferreira Torres, as orientações tiveram início há um mês, mas ainda há muito a ser feito. “O que podemos perceber é que, nas rodovias, o uso das cadeirinhas é comum. Porém, no perímetro urbano, a maioria ainda não se adequou à nova regra”, destacou. A lei sobre as novas regras para o transporte de crianças foi aprovada em 2008, quando estipulou-se um prazo de dois anos para a adequação.
Torres explica que a PRF ainda não fez um levantamento específico sobre a utilização do novo equipamento, mas estima que, dentre dez carros abordados nas rodovias federais que cortam o Município, sete estão adequados. Já no perímetro urbano, a cada dez, apenas um ou dois estão de acordo com o que prevê a nova legislação. “A diferença está no comportamento. Muitos acreditam que, por estarem em rodovias, as chances de fiscalização são maiores do que no perímetro urbano”, lembrou.
Na minoria dos que já se adaptaram à nova realidade, está o professor Roberto Britto, que tem uma filha de seis meses, que passou recentemente do uso do bebe conforto para a cadeirinha. Mas, faz uma reclamação: a falta de cintos e travas de seguranças na parte superior do equipamento. “A cadeirinha não traz meios de trava-la no encosto da cabeça. Ela só é presa pelo cinto de segurança, que passa por baixo, assim, a criança não fica totalmente segura. Em caso de acidente lateral, ela pode bater no vidro”, lembrou. O professor conta que chegou a entrar em contato com a fabricante do produto, mas foi informado de que todos os equipamentos seguem o mesmo padrão.
Mesmo assim, defende o uso do equipamento. “Embora consumindo grande espaço no carro, a gente fica mais tranquilo sabendo que a criança está segura”, destacou.
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