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Três Lagoas

Vírus HIV :

?Discriminação ainda existe? em Três Lagoas

“Quando há conversa aberta, as pessoas passam a ver que não é um bicho de sete cabeças”. Esta foi a receita utilizada por Elizete Oliveira de Araújo, 52 anos, para enfrentar de frente o vírus HIV. Ela optou por quebrar o silêncio para enfrentar a doença num dos períodos mais preconceituosos, 1996. De acordo com Elizete, há dez anos, portadores do vírus HIV eram vistos pela sociedade como homossexuais ou usuários de drogas. “Foi realmente um período muito preconceituoso. Tivemos alguns avanços, mas ainda há falta de informação, ainda há muita discriminação”, destacou.
Com o apoio dos ex-patrões, igreja, amigos e da família, Elizete sempre ficou de cabeça erguida. “Sempre falei abertamente sobre a doença e, com isto, muitos me procuram, me perguntam coisas. Não me importo com as perguntas.”.
No entanto, ela confirma que não foi fácil encarar de frente no começo. Elizete viu amigas separando o copo que ela bebeu água para jogar fora quando ela partisse por mais de uma vez. “Estava na casa de uma amiga quando bebi água. O filho dela surgiu na cozinha e bebeu água no mesmo copo. Vi o desespero dela. Mas não me importei. Já estava convivendo com a doença há seis anos. Estava calejada”, destacou.
A receita de Elizete para chegar a este ponto é aceitar a doença por dentro. “Nós não nos aceitamos. Sempre achamos que todos estão nos olhando, todos sabem, ou coisa parecida. A mudança tem de ser de dentro para fora. E é possível”.

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