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Viagem De Sabores

A alta Cozinha está morta?

Coluna Viagem de Sabores do Chef Paulo Machado

Prato com cogumelos - Reprodução/Noma
Prato com cogumelos - Reprodução/Noma

Recentemente o burburinho no mundo gastronômico apontou em “top trend” o assunto sobre o fechamento do Noma, estabelecimento escandinavo do chef René Redzepi que já ganhou por algumas vezes o prêmio de melhor restaurante do mundo. 

Eis que acabo de receber a celebradíssima coluna semanal  internacional “New Worlder”, escrita pelo meu amigo e jornalista nova-iorquino Nicholas Gill, e que tem por último tema este assunto tão curioso quanto contemporâneo. A Haute Cuisine está morrendo? Segundo o jornalista, a alta gastronomia nunca esteve tão viva, no entanto, e principalmente além dos tempos modernos, os efeitos da pandemia foram cruciais para que comecemos a viver um novo momento em restaurantes de alto nível espalhadas pelo mundo. 

Nicholas Gill destacou alguns pontos de mudança que vem acontecendo neste mundo gastronômico, os quais traduzo aqui: os preços dos restaurantes de alta gastronomia ficarão ainda mais caros (muito por conta dos custos de operação que só aumentam); restaurantes pequenos e intimistas serão cada vez mais procurados e valorizados assim como os restaurantes famosos; salários, melhores condições de horários de trabalho para equipe e uma boa condição de trabalho para estagiários serão pontos cada vez mais relevantes; a incorporação de elementos de restaurantes “fine dining” para os restaurantes mais casuais; e por fim, mais ações de eventos pontuais com chefs renomados como pop-ups e desenvolvimento de produtos novidadeiros dos restaurantes de alta cozinha como negócio. 

Enfim, a realidade da alta cozinha nunca morre, ela se transforma, e assim como o mundo da alta costura, se adequa e aponta tendências. E que as mudanças de hoje parecem trazer uma relação mais justa, tanto para equipe quanto para o comensal.

Apure os sentidos, bom apetite! E fique ligado na CBN Campo Grande.