A intenção da prefeitura de reduzir de 12 para 6 horas os plantões nas unidades de saúde na Capital a partir de 1º de julho parece ter sido descartada da agenda do município pela prefeita Adriane Lopes.
O motivo foi a saraivada de críticas disparadas contra a prefeita nas redes sociais após a publicação da medida na página do grupo “Aonde não ir em Campo Grande (OFICIAL)”, de minuta da nova escala de plantões que seria adotada em 10 unidades de saúde.
O autor da publicação, administrador do grupo Cláudio Costa, destacou no texto a “redução do numero de médicos na escala a partir de julho, o corte de 20% dos pediatras nas UPAs e, vejam só, O FIM DA PEDIATRIA NO TIRADENTES E NA NOVA BAHIA, simplesmente não tenho o que falar a não sentir vergonha alheia”.
Ele se baseou em minuta vazada por servidores da Saúde do município. Por sua vez, para se defender, a prefeitura informou que a minuta da escala se trata de fake news, mas outro documento que vazou para a imprensa, este oficial do município, sugere o contrário.
A Circular Interna nº 4.577/SUPRIS/SESAU/2023, de 12 de junho passado, assinada por Yama Albuquerque Higa, superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, estabelece que “as escalas a partir do dia 01/07/2023 já sejam confeccionadas nos moldes de redução proposto, sendo confeccionada uma escala também nos moldes atuais para eventual necessidade de readequação”.
A determinação foi emitida, segundo o documento, “considerando que foi aceito pelo Gabinete a contraproposta apresentada, ficando definido a redução de 06 horas plantão/categoria/período, em todos os setores que têm plantão eventual”.
A superintendente destaca ainda no documento que referida contraproposta, segundo ela “aceita pelo Gabinete” da prefeita Adriane Lopes, partiu da Superintendência de Relações Institucionais de Saúde (SUPRIS), após discussão com gerentes de cada setor, “ainda prejudica o serviço, mas foi a menos danosa ao processo de trabalho definido para atendimento das atividades inerentes a cada serviço”.
Tendo em vista a repercussão extremamente negativa, profissionais da área da Saúde consultados, bem como alguns vereadores, acreditam que Adriane Lopes não vai seguir a sugestão da SUPRIS, que tem o aval de Sandro Benitez, secretário municipal de Saúde.
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