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Baixo índice vacinal contra a Covid-19 pode trazer nova onda da doença

Com duas novas variantes, Ômicron deve fazer mais estragos aos não vacinados em Mato Grosso do Sul

Edir Viégas, colunista da rádio CBN Campo Grande - Foto: Glória Maria/CBN
Edir Viégas, colunista da rádio CBN Campo Grande - Foto: Glória Maria/CBN

No final da tarde de ontem (16), estive em um posto de saúde para receber a quarta dose de reforço da vacina contra a Covid-19. O atendimento foi extremamente rápido e não permaneci mais do que 10 minutos no local. O que me chamou a atenção, no breve diálogo que tive com a enfermeira, foi com relação à sua preocupação com a possibilidade de a pandemia voltar com força redobrada.

A preocupação dela faz todo sentido, pois como enfermeira, atuou na linha de frente no combate à doença, no auge da pandemia. E ela sabe mais do que ninguém o que foram os meses de pico da doença. Mas, assim como eu, não tem a resposta para uma situação que chama a atenção: em que momento nós, brasileiros, optamos pelo negacionismo, nos tornando cidadãos anti-vacina? 

O Brasil sempre foi referência mundial em função dos elevados índices de cobertura vacinal, com uma ampla e eficiente rede que atende a população do Oiapoque ao Chuí, nos mais longínquos rincões do país. Mas não é apenas com relação à Covid-19 que o índice de cobertura vacinal chama a atenção.

A poliomelite, que já havia sido erradicada no País, está em vias de voltar a comprometer a vida dos brasileiros, principalmente a das crianças, que por irresponsabilidade dos pais e tutores não estão sendo vacinados. Com o sarampo a história não é diferente. Enquanto de 1990 a 2000, o Brasil registrava mais de 177 mil casos, campanhas de vacinação levaram o país a receber o certificado de eliminação da doença em 2016.

No entanto, em 2019, o país perdeu o reconhecimento após não conseguir controlar um surto iniciado no Norte, em 2018, que se espalhou para os demais estados. A dor, como quase sempre acontece na história da humanidade, talvez seja a única alternativa a nos fazer recuperar a lucidez.

Confira a coluna na íntegra: