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Barbosinha não pensa em deixar o PP, mas faz duras críticas a Alan Guedes

Nelsinho Trad considera especulação a sua saída do PSD para se filiar ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro

Adilson Trindade falou sobre o momento atual em que surgem especulações sobre as mudanças de políticos de partidos - Foto: Gerson Wassouf/ CBN-CG
Adilson Trindade falou sobre o momento atual em que surgem especulações sobre as mudanças de políticos de partidos - Foto: Gerson Wassouf/ CBN-CG

O clima na relação do vice-governador Barbosinha com o prefeito de Dourados, Alan Guedes, continua de mal a pior. Os dois são do mesmo partido, o PP, e não conseguem afinar o discurso. Nem os esforços das grandes lideranças conseguiram uni-los. Barbosinha não perde a oportunidade, quando provocado, de bater duro no prefeito. E bate sem dó. Ele avalia como péssima a administração de Guedes, em Dourados mesmo, na condição de vice-governador, levando recursos e obras para o município. 

Por causa dessas profundas diferenças entre os dois, até se noticiou a saída de Barbosinha do PP, porque não gostaria de apoiar candidatura de Guedes à reeleição. É muito difícil para ele subir no palanque do prefeito com quem não tem boas relações. Aliás, as relações dos dois são péssimas. 

Mas isso não significa que Barbosinha esteja deixando o PP para se filiar ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Se depender dele, ficaria bem longe de Guedes. Só que em política, as vezes, é necessário se relacionar com as diferenças. E uma troca de partido, na atual conjuntura, não chega a ser tão simples assim por envolver muitas questões em jogo. Barbosinha precisaria do aval da senadora Tereza Cristina, a comandante-em-chefe do PP no Estado. Ela não gostaria de perder Barbosinha por estar ocupando um cargo estratégico no governo. E, também, não quer abrir mão da candidatura de Alan Guedes à reeleição em Dourados.

O nome de Barbosinha até chegou a ser cogitado para concorrer à Prefeitura de Dourados. Ele viu, porém, o seu espaço desaparecer com a decisão do PP bater o martelo pela reeleição de Guedes.  Outro assunto que repercutiu muito na política estadual foi a notícia da saída do senador Nelsinho Trad, do PSD, partido que preside em Mato Grosso do Sul, para ingressar ao PL. Tudo isso aconteceu depois de barrar o irmão, ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, de assumir o comando municipal do partido. Nelsinho não confirmou a troca de legenda. Para ele, tudo não passa de especulações. O senador disse estar mais preocupado em preparar o PSD para as eleições municipais, principalmente, em Campo Grande.

Só que ele não esconde a sua ligação política com o ex-presidente Bolsonaro. Isso aumenta a especulação sobre a sua saída. E para contribuir ainda mais essa boataria, é o fato do senador não trilhar no mesmo caminho dos irmãos. O ex-deputado federal Fábio Trad, por exemplo, fez dura oposição a Bolsonaro na Câmara dos Deputados e, derrotado nas urnas na sua luta pela reeleição, ganhou do presidente Lula um cargo de escalão inferior na Embratur.

Confira na íntegra: